O lucro do Banco do Brasil somou R$ 3,99 bilhões no primeiro semestre de 2008, um aumento de 61,1% maior que os resultados atingidos no mesmo período de 2007. No segundo trimestre o lucro atingiu R$ 1,644, o que representa uma alta de 53,9% em relação ao período correspondente de 2007. No mesmo período de 2007, o BB havia registrado um lucro líquido mais baixo, de R$ 1,068 bilhão, devido principalmente as despesas não recorrentes para a aposentadoria antecipada de funcionários, que somaram R$ 676 milhões. Neste ano, o BB ganhou R$ 142 milhões com a venda da participação na Telemar.
Segundo o balanço, o resultado positivo se deve, em parte, a receitas e despesas extraordinárias. Quando elas são deduzidas, chega-se a um resultado recorrente de R$ 1,463 bilhão, queda de 1,2% em relação a 2007.
Outro dado relevante foi à expansão da carteira de crédito do BB que cresceu mais do que a média do mercado. O crédito total (incluindo carteira externa, interna e prestação de garantias) superou os R$ 200 bilhões. Destaca-se o crédito consignado, que totalizou R$ 14 bilhões, crescimento de 37,9% em 12 meses. A carteira de crédito encerrou o semestre com saldo de R$ 190,1 bilhões, crescimento de 30,9% em 12 meses e de 10% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano anterior, a carteira doméstica cresceu 35,6%. O BB também aumentou em 2,5% suas receitas com tarifas em relação ao trimestre imediatamente anterior, chegando a R$ 2,633 bilhões.
As operações com pessoas físicas cresceram 45,1% acima do avanço médio do mercado, que foi de 32,4%. Os destaques são os financiamentos de veículos (expansão de 173,5%, para R$ 4,709 bilhões) e operações com cartões de crédito (104,9%, para R$ 7,069 bilhões). O crédito a empresas cresceu 38,9% e, ao agronegócio, 26,9%.
Inadimplência controlada
Os dados revelam que a expansão da carteira não levou ao aumento da inadimplência. Enquanto o saldo da carteira evoluiu 30,9%, as despesas com provisões para risco de crédito (PCLD) cresceram apenas 20,8%. As operações vencidas há mais de 90 dias equivaliam a 2,5% da carteira de crédito em junho, ligeiramente superior aos 2,4% de um ano antes.