CUT lança jornal mensal e faz debate sobre a grande imprensa

(São Paulo) Um outro viés e o contraponto às mídias tradicionais são características que compõem os meios de comunicação alternativos na construção e modificação social. Partindo desse pressuposto, a Central Única dos Trabalhadores Nacional (CUT) realizou na última segunda-feira (17), o debate “O papel dos meios de comunicação alternativo na formação e transformação social’. Na ocasião, também foi lançada a primeira edição do jornal da CUT, que segundo a instituição, dá início a uma nova fase da comunicação sindical da entidade.

O evento teve como objetivo discutir a importância desses meios no processo de disputa pela hegemonia da sociedade. Para dialogar sobre o tema, foram convidados o jornalista Paulo Henrique Amorim e o presidente da CUT Nacional, Artur Henrique. A secretária de comunicação da CUT, Rosane Bertotto, fez a mediação do debate.

O presidente da CUT abriu o debate lembrando que 2008 é um ano importante para o movimento sindical, em virtude das comemorações decorrentes aos 25 anos da CUT. Artur Henrique também tratou do projeto de comunicação que a entidade pretende desenvolver no intuito de subsidiar a base sindical com conteúdos de qualidade. “Já obtivemos conquistas importantes como a Revista do Brasil e o programa de rádio Brasil Atual. Agora vamos concretizar o espaço dessa nova mídia, o Jornal da CUT e ampliarmos nossa participação na intenet”, disse.

Paulo Henrique Amorim, por sua vez, trouxe aos participantes um panorama das “Notícias do Dia” no intuito de mostrar a estratégia antidemocrática da imprensa brasileira que omite e deturpa informações com o firme propósito de manter o statu quo.

O jornalista parte da premissa de que todos os grandes jornais, revistas (com exceção da CartaCapital), rádios e TVs são contrários ao governo Lula. “O PIG – Partido da Imprensa Golpista – é a mais clara expressão de força política que trabalha com objetivos concretos, ou seja, derrubar o presidente Lula”, disse.

Paulo Henrique Amorim vai além ao afirmar que essa mesma imprensa tradicional, golpista, tentou derrubar governos como o de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Brizola, no Rio de Janeiro. “Há uma tradição na história brasileira de que a imprensa seja golpista”, acrescentou.

Segundo ele, a forma mais viável de combatê-la é via inclusão digital. “Hoje, a internet oferece a relação “emissor-receptor” possibilidades inacreditáveis, com custos acessíveis e os movimentos sindicais precisam se adequar a nova realidade”.

Nesse sentido, Paulo Henrique Amorim elogiou o movimento sindical pelas iniciativas bem sucedidas e sugeriu à CUT, como contra-estratégia à comunicação tradicional, a transformação do atual site para um Portal – provedor de conteúdos escritos e audiovisuais.

A idéia parece ter sido bem recebida pelo movimento sindical que encerrou à noite com um coquetel de lançamento do Jornal da CUT.

Fonte: Michele Amorim – Fetec SP

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