A reforma trabalhista de Michel Temer começou a afetar diretamente os bancários do Santander. E mais uma vez o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região mostrou sua força.
Na manhã desta quarta-feira, 20, as unidades do Santander localizadas na região central de Catanduva e nos municípios de Pindorama, Palmares Paulista e Catiguá tiveram suas atividades paralisadas em protesto a um pacote de maldades imposto pelo banco espanhol contra seus funcionários e clientes.
Durante a ação foram colocadas faixas reivindicando respeito aos trabalhadores e contra a retirada de direitos. Na oportunidade, os dirigentes sindicais também se reuniram com os funcionários a fim de expor e ouvir reclamações contra o banco, e dialogar com a população.
Sem qualquer negociação com os trabalhadores, a direção do Santander está impondo mudanças que beneficiam apenas banqueiros e empresários: demissões em massa, imposição do fracionamento de férias, e mudanças na forma de compensação de horas extras sem nenhum diálogo com os representantes da categoria. Além disso, anunciou alteração das datas dos créditos do salário e do 13º, e demitiu 200 funcionários de uma só vez.
“As mudanças impostas pelo Santander demonstram que sua única preocupação é acumular lucros à custa dos trabalhadores. E agora, respaldado pelo desmonte trabalhista de Temer, em vigor desde 11 de novembro, o banco tenta mais uma vez retirar direitos históricos conquistados pela categoria bancária por meio da precarização das condições de trabalho. Se um banco fere os direitos de seus funcionários, o Sindicato reage. Nossa mobilização em defesa desses direitos é mais importante que nunca. Não iremos permitir retrocessos", ressalta o diretor do Sindicato Aparecido Augusto Marcelo.
Por se tratar de medidas inconstitucionais, os trabalhadores questionaram as alterações e solicitaram a imediata suspensão. No entanto, o banco afirmou que não vai negociar com os representantes dos empregados, muito menos anular.
"Exigimos do banco negociação séria a respeito de todos os temas em conflito. Deixamos claro à direção que não vamos aceitar que essas mudanças sejam implementadas sem negociação com as entidades representativas e que iremos tomar todas as medidas necessárias para defender e garantir os direitos dos trabalhadores", acrescentou Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato.