(Rio) A lei das filas em Teresópolis já alcançou uma vitória importante. O Itaú informou à Federação e ao Sindicato dos Bancários do município que está selecionando cinco bancários que serão contratados para suprir a deficiência de pessoal nas agências. Com poucos funcionários para atender a muitos clientes, as filas são inevitáveis.
A atitude do banco é uma reação à multa de R$ 5 mil por desrespeito à lei da fila. Um fiscal da prefeitura, à paisana, entrou na fila e aguardou atendimento. Como o tempo máximo se esgotou antes que ele chegasse ao caixa, a multa foi aplicada. Para evitar receber a punição por reincidência – de R$ 10 mil – o Itaú resolveu contratar mais funcionários.
A situação do Itaú em Teresópolis é dramática. Com cerca de 145 mil habitantes, a cidade tem menos agências do banco que o necessário. São somente duas, sendo que uma era do Banerj e mudou de bandeira. “E o número de funcionários nas agências que existem é claramente menor que o necessário”, avalia Sergio Mazzala, secretário-geral do Sindicato de Teresópolis.
Desrespeito à liberdade sindical
No último dia 04, o Sindicato de Teresópolis lançou uma campanha para informar a população sobre a lei das filas. Foram colados cartazes nas agências com as linhas gerais da legislação no município. Nos panfletos distribuídos à população, além de esclarecimentos semelhantes aos do cartaz, havia, no verso, um formulário para os clientes e usuários preencherem e encaminharem a denúncia de desrespeito à lei.
Na agência principal do Itaú, a gerência mandou que os cartazes da campanha fossem retirados, num claro desrespeito à liberdade sindical. Em represália a esta atitude, o Sindicato realizou manifestação em frente à unidade na manhã da última sexta-feira.
Contas do estado
No último dia 28, o governador Sérgio Cabral conseguiu arrancar do Itaú um contrato de administração da folha do estado mais vantajoso para os cofres públicos. Pelo acordo firmado por gestões anteriores e renovado em dezembro do ano passado até 2010, o banco pagou R$ 180 milhões. No início do ano, Cabral reclamou do valor baixo e ameaçou fazer um leilão para escolher outro banco. Mas o Itaú aceitou pagar mais – R$ 1,1 bilhão – e foi feito um novo contrato. Tirando o que já foi pago no governo anterior, o estado vai embolsar R$ 750 milhões. O novo acordo vale até 2011.
Fonte: Feeb RJ/ES