Bancários protestam contra demissões do Santander em Belo Horizonte

Trabalhadores cobram respeito e reintegração dos demitidos

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte realizou ato e paralisou mais três agências do Santander na região da Savassi, na capital mineira, nesta sexta-feira, dia 7, para protestar contra as demissões em massa promovidas pelo banco desde o início da semana. A entrada do centro administrativo do banco, localizado na avenida Getúlio Vargas, foi transformada na “porta do inferno” para denunciar a prática abusiva do banco.

O ato do Sindicato contou com a presença do “Papai Noel do Mal”, que presenteou os funcionários com cartas de demissão assinadas pelo presidente mundial do Santander, Emilio Botin. O centro administrativo permaneceu fechado até as 12h30 e as outras três agências paralisadas na Savassi continuaram fechadas até o fim do dia.

Os advogados do Santander afirmaram, na quinta-feira, dia 6, durante audiência de conciliação no TRT-SP, após cobrança da desembargadora, que o banco demitiu cerca 2% do quadro de 55 mil funcionários, o que significa mais de mil pessoas em todo país. O Sindicato repudia a atitude e exige que o banco reintegre os funcionários desligados sem qualquer justificativa plausível em um momento de prosperidade do banco no Brasil.

Para o funcionário do Santander e diretor do Sindicato, Davidson Siqueira, as demissões representam o desrespeito do banco ao Brasil e aos brasileiros. “O Sindicato exige que o Santander pare imediatamente de demitir seus funcionários e reintegre os que foram dispensados. A atitude do banco não respeita os trabalhadores brasileiros, já que 26% dos exorbitantes lucros obtidos em todo o mundo saem do Brasil”, afirmou.

O funcionário do Santander e diretor do Sindicato, Fernando Lemos, destaca que a atitude é arbitrária e vai contra as tentativas de negociação com o banco. “Na última reunião de negociação permanente com o Santander, no dia 22 de novembro, reivindicamos o aumento nas contratações e o fim da rotatividade no banco. O que estamos vendo agora é um absurdo, vai contra as demandas dos trabalhadores e não faz sentido diante dos bons resultados do banco”, explicou.

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