A Central Única dos Trabalhadores (CUT) considerou que a queda da taxa Selic deveria ter sido maior que o recuo de 1,5 ponto percentual anunciada na quarta, dia 11, pelo Comitê de Política Monetária (Copom). “A queda da taxa básica de juros era a única decisão aceitável diante da conjuntura. Ainda assim, a CUT reitera que a queda, tardia, deveria ter sido maior que 1,5 ponto percentual”, diz a nota.
A CUT defendeu o controle social do Copom, com a inclusão de representantes do setor produtivo nos debates e decisões do comitê. “Com isso, passaríamos a estabelecer também metas de crescimento e de geração de empregos, conjugadas com a hoje onipotente meta de inflação. Do jeito que está estruturado hoje, o Conselho é guiado por uma visão muito estreita. Já que o governo federal está defendendo a reestruturação do sistema financeiro internacional, por que não começar pela lição de casa?”, questionou.
A CUT ainda considerou que para acelerar o processo de redução da Selic são necessários quedas mais acentuadas e menor espaço de tempo entre uma reunião e outra. Atualmente as reuniões do Copom são realizada a cada 45 dias.
“O Brasil ainda tem chances de registrar crescimento em 2009, e devemos ser ousados para não perder a oportunidade. O crescimento depende muito do fortalecimento do mercado interno, e passa necessariamente pela defesa dos empregos e dos salários”.
