Seminário internacional nesta quarta debate saúde dos bancários em São Paulo

O Seminário Internacional Saúde dos Bancários vai colocar em debate um dos maiores problemas que atualmente a categoria enfrenta: transtornos mentais causados por pressão e estresse. Diversas autoridades se revezarão em mesas de discussões, dentre elas o psiquiatra e psicanalista francês Christophe Dejours, um dos maiores teóricos sobre o assunto.

O evento será realizado nesta quarta, dia 24, em São Paulo, e terá transmissão ao vivo, na íntegra, pelo site do Sindicato Bancários de São Paulo (www.spbancarios.com.br).

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Plínio Pavão, participa da mesa de abertura.

> Veja a programação completa do seminário

Dejours é professor da cátedra de Psicanálise-Saúde-Trabalho e diretor do Laboratório de Psicologia do Trabalho e da Ação, do Conservatoire National des Arts et Métiers, instituição ligada ao Ministério da Educação francês. É também autor de diversos livros sobre o tema, entre eles A Loucura do Trabalho e Da Psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho, ambos com edições no Brasil.

Além dos debates, no evento será lançado o livro Saúde dos Bancários, uma compilação de diversos artigos escritos por pesquisadores. A publicação, que tem texto de apresentação da presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, e artigo do secretário de Saúde da entidade, Walcir Previtale, apresenta dados de pesquisa inédita sobre a saúde da categoria.

Também será apresentada a pesquisa O Impacto da Organização e do Ambiente de Trabalho Bancário na Saúde Física e Mental da Categoria. Ela revela, por meio de dados cientificamente apurados, a pressão a que são submetidos, em especial os funcionários das agências bancárias, sobretudo para o cumprimento de metas abusivas.

“Enquanto 30% da população brasileira sofre com estresse, entre os bancários, segundo dados preliminares de pesquisa, o número mais que duplica, já que 65% dos entrevistados queixam-se deste mal.”, diz a presidenta Juvandia. “Outros 42% dos consultados revelam ter sofrido assédio moral no ambiente de trabalho. E, não menos alarmante, 84% dos trabalhadores ouvidos sentiram problemas de saúde, como cansaço, fadiga e insônia”, acrescenta.

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