(Brasília) A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Sindicato de Brasília reuniram-se nesta terça-feira 13 com o diretor de Distribuição e de Canais de Varejo do Banco do Brasil, Milton Luciano dos Santos, para discutir os impactos da implantação do novo modelo e os efeitos da reclassificação de agências anunciada pelo BB para abril.
Uma série de denúncias que chegou à Contraf-CUT e ao Sindicato nos últimos dias dá conta de que o novo modelo resultaria, entre outras coisas, em corte de comissão e de pessoal na rede de agências. Há caso de gerente que fixou no quadro de avisos informações sobre perda de comissões, além de boato acerca de corte de 300 cargos na Bahia – tudo “em função” do novo modelo.
Milton Luciano garantiu aos representantes dos trabalhadores que não há nenhuma previsão de corte de função nem de funcionários, já que o projeto ainda está em fase de estudos. Adiantou também que deverá aumentar o número de gerentes de contas, uma vez que o projeto prevê novos critérios para a formação de carteiras. Assim, segundo o diretor, caso haja redução do número de assistentes de negócios, será em conseqüência da ampliação do cargo de gerente de contas.
Diante das incertezas, os dirigentes sindicais solicitaram nova reunião com a Dired assim que o projeto estiver com os cálculos finalizados. Eles ainda entregaram ofício em que solicita, a exemplo do reivindicado ao governo em audiência com o ministro do Planejamento, a contratação de novos funcionários. Veja no site o conteúdo do documento.
Críticas
Crítico contumaz do modelo de classificação das agências adotado pelo BB, o movimento sindical questionou a Dired sobre a reclassificação que deverá ocorrer em abril. O modelo atual ocorre de dois em dois anos e está diretamente vinculado à remuneração do nível gerencial.
“No entendimento do movimento sindical, a reclassificação deve ser vinculada ao sistema de logística das agências e não à remuneração variável”, defende Eduardo Araújo, diretor do Sindicato e da Contraf-CUT.
Em 2005, o Sindicato promoveu uma campanha pela suspensão da reclassificação de agências e apresentou uma série de críticas ao modelo de então, que dava ênfase à produtividade, o que gerava injustiças no ranking final, além de mexer na remuneração dos funcionários.
Pressionada, a diretoria do banco implementou modificações que entrarão em vigor já a partir desta rodada de reclassificação, dentre elas a que assegura que a gerência média não sofrerá redução salarial em virtude da queda de nível das agências.
Fonte: Seeb Brasília