Acontece nesta sexta-feira (8), às 15h, em São Paulo, a primeira rodada da mesa temática de Igualdade de Oportunidades entre a Contraf-CUT, Sindicatos e Federações com a Fenaban em 2011. A última rodada aconteceu há exatamente um ano.
“Depois deste longo período sem negociações queremos resultados práticos em relação a nossa pauta de reivindicações apresentada na última rodada. Temos muitas demandas e não podemos mais perder tempo”, afirma a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro.
Quatro dos nove pontos apresentados pelos bancários na última reunião, 8 de julho de 2010, foram sinalizados pelos bancos na época com possibilidade de acordo. São eles:
1- programa de sensibilização junto aos gestores pela importância da ampliação da licença maternidade de 180 dias;
2- inclusão do item orientação sexual para a próxima edição do Mapa da Diversidade;
3- que conste da grade de treinamento de líderes e funcionários um módulo sobre a visão do movimento sindical no tema de igualdade de oportunidades;
4- adoção dos meios públicos de acesso às vagas como fonte privilegiada de recrutamento.
Em relação ao quarto ponto, a Febraban anunciou, no final de maio, a implantação da ferramenta de recrutamento online de trabalhadores, disponível em seu site. A medida foi divulgada pela imprensa de maneira unilateral, ignorando que o instrumento era uma das nove propostas apresentadas pelas entidades sindicais nos debates da mesa temática, como forma de democratizar o acesso aos bancos e evitar qualquer tipo de discriminação nas contratações.
A medida foi anunciada logo após o Dia Nacional de Luta, proposto pela Contraf-CUT, no dia 13 de maio, com o tema “Vamos abolir a discriminação e promover a inclusão, por mais contratações de negros e negras nos bancos”.
Para os demais pontos, os bancos solicitaram mais discussão sobre cada item. A relação das propostas foi definida durante reunião da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual (CGROS) da Contraf-CUT:
– elaboração de um Plano de Cargos Carreira e Salário com critérios objetivos e transparentes como indicador de evolução de carreira;
– democratização do acesso às promoções através de editais ou informativos internos;
– garantia do retorno sem prejuízo para as gestoras em licença maternidade, assim como para outros cargos e funções;
– ampliação da Licença Paternidade para 6 meses (biológico e adotivo) com base no princípio das relações compartilhadas;
– que o nível superior não seja critério para contratação.
Relações compartilhadas
Um dos temas pertinentes à mesa temática e abordado durante o 1º Fórum Febraban de Diversidade, que aconteceu no dia 27 de junho é a questão das relações compartilhadas.
Deise avaliou positivamente a observação da representante da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Fórum. “Ela destacou a necessidade de conciliar o trabalho produtivo com o trabalho reprodutivo, entendendo este último como o cuidado com a casa e os filhos”, disse. Os bancários defendem a proposta da ampliação da licença paternidade para 180 dias.
“Nossas reivindicações estão de acordo com a linha de defesa feita pela representante da OIT no Fórum. Estamos na vanguarda desta discussão e estamos levando este debate aos bancos. A responsabilidade de manter a casa e criar os filhos deve ser dividida igualmente entre homens e mulheres”, apontou a diretora da Contraf-CUT.
Reunião da CGROS
Antes da mesa temática, às 10h, haverá reunião da CGROS, na sede da Contraf-CUT, para preparar os debates com a Fenaban.