Enquanto falta pessoal, HSBC gasta R$ 35 mi para mudar lay-out de agências

O HSBC anunciou por meio da imprensa que está investindo um total de R$ 35 milhões para adequar suas agências ao padrão internacional. Somente 35 estão sendo reformadas, ou seja, na média, um gasto de R$ 1 milhão para cada agência. O objetivo do banco é atrair clientes de alta renda para o banco.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo critica a estratégia do HSBC por considerar que as mudanças não melhoram a vida dos bancários que continuam sofrendo com falta de condições de trabalho, assédio moral e alguns problemas de segurança.

“Lembramos que o banco figurou nos últimos meses no topo da lista de reclamação do Banco Central por problemas no atendimento devido inclusive à falta de funcionários. Portanto, o banco primeiro tem de se preocupar em contratar mais trabalhadores para então poder atrair mais clientes”, afirma o funcionário do HSBC e diretor do Sindicato Valdir Fernandes, o Tafarel.

Para o funcionário do HSBC e diretor da Contraf-CUT, Sérgio Siqueira, o problema mais grave que os trabalhadores vivem hoje é a gritante falta de funcionários, o que acaba acarretando doenças, pedidos de demissão e assédio moral”. No último encontro de dirigentes sindicais, realizado em Curitiba, ficou definido que será lançada uma campanha de valorização dos funcionários, cujo tema principal será “Basta de Demissões! Contratações já!”. Sérgio lamenta que, “por incrivel que possa parecer, o último decreto da direção do HSPC é de que não haverá contratações de funcionários sob hipótese alguma”.

“O mais recente problema criado por conta disso, além dos vários já existentes, é a ‘guerra’ entre agências para levar gerentes transferidos de outras unidades, haja visto que o banco não está contratando, mas transferência ainda é possível”, aponta o dirigente sindical.

No próximo dia 12 de agosto, a Contraf-CUT terá uma reunião com o novo presidente do HSBC no Brasil, Conrrado Engel. “Esperamos que haja sensibilidade por parte do novo gestor, pois os problemas são muitos e da mais alta gravidade. Vamos pressionar para que essa realidade seja mudada”, conclui Sérgio.

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