(São Paulo) O desrespeito à legislação de segurança por parte dos bancos brasileiros gerou multas de aproximadamente R$ 985 mil apenas em dezembro de 2006. Os dados são da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pela Polícia Federal, e divulgados no Sindicato dos Bancários de São Paulo.
O valor representa um aumento de 11 vezes maior do que o montante pago em junho, de R$ 90 mil. Entre as irregularidades notificadas estão ausência ou número insuficiente de vigilantes em áreas de atendimento, alarmes defeituosos e falta de plano de segurança. O Banco do Brasil foi o campeão de autuações, seguido pelo ABN Real, Bradesco e Unibanco.
As medidas exigidas pela legislação são divididas em três grupos. A colocação de vigilantes treinados e capacitados e a instalação de sistema de alarme são dois requisitos básicos. Além disso, deve-se optar por pelo menos um entre um dos seguintes itens: circuito interno de TV, sistemas de retardo da ação de criminosos (como porta giratória ou o equipamento que impeça a abertura imediata do cofre) e cabine blindada.
Clientes e bancários sofrem com a falta de segurança do sistema financeiro. Mais preocupados em fazer seguros ao patrimônio do que com a vida de seus funcionários e correntistas, os bancos não investem o suficiente. O dado da CCASP dá dimensão desse descaso. Na capital paulista, no ano passado, foram registrados 122 ataques em agências bancárias, o que representa uma elevação de 82% em relação a 2005, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Estado.
Por conta disso, uma mesa sobre segurança bancária foi instalada entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federanação Nacional dos Bancos (Fenaban), em dezembro, com o objetivo de discutir saídas para o impasse.
Fonte: Contraf-CUT, com agências
