Os bancários de Campina Grande e região iniciaram nesta terça-feira (6), greve por tempo indeterminado. A paralisação das atividades foi definida na última quinta-feira (1), em assembleia da categoria, após a recusa dos bancos de apresentarem propostas satisfatórias as reivindicações dos trabalhadores. Somente em Campina Grande, a adesão é de 100% das unidades. A expectativa é que mais de 4 mil bancários cruzem os braços em toda Paraíba.
A mobilização começou com força total. As principais agências da cidade amanheceram fechadas. Durante toda a manhã, bancários estiveram em frente às unidades aderindo à paralisação.
Rostand Lucena, presidente do Sindicato, afirmou que a tendência é o que movimento cresça e ganhe ainda mais adesões dos bancários das cidades circunvizinhas. “Os bancos lucram bilhões e não querem atender as reivindicações dos trabalhadores. Os bancários estão nas ruas pelo fim do retrocesso, das metas abusivas, do assédio, das demissões, da terceirização, da exploração. Queremos manutenção dos direitos e mais respeito ao trabalho da categoria”, frisou.
A greve é a resposta dos bancários à proposta desrespeitosa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada no último dia 29 de agosto, de reajuste de 6,5% no salário, na PLR e nos auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. A oferta não cobre, sequer, a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano e representa perdas de 2,8% para os bancários.
Com data-base em 1º de setembro, a pauta de reivindicações da categoria foi entregue aos bancos no dia 9 de agosto, já foram cinco rodadas de negociação, mas até agora a Fenaban não apresentou uma proposta decente aos trabalhadores.
Entre as reivindicações estão reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24 em junho), PLR de três salários mais R$ 8.317,90, combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, mais segurança, melhores condições de trabalho.
A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.