Bancos da UE estão mais expostos a países em crise do que previsto

Agência Estado
Patrícia Braga

A exposição total dos bancos à Irlanda e aos países da periferia da zona do euro é maior do que o anteriormente previsto, informou ontem um levantamento do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês). Os dados confirmam que os bancos da Alemanha e França estão entre os maiores credores mundiais para a região.

A exposição total da França à Grécia estava em US$ 83,1 bilhões no final do segundo trimestre, dos quais US$ 57,3 bilhões estavam comprometidos com pedidos externos e US$ 25,7 bilhões em “outros tipos de exposição”.

Os dados do BIS em relação a “outras exposições” dos bancos não tinham sido publicados anteriormente, resultando em uma exposição maior do que a anteriormente estimada.

O total de exposição dos bancos alemães à Grécia durante o mesmo período foi de US$ 65,4 bilhões, sendo US$ 36,8 bilhões de pedidos externos e US$ 28,6 bilhões em outras exposições.

Com um total de US$ 184 bilhões, os bancos alemães estão em segundo lugar na lista de exposição à Irlanda, logo depois do Reino Unido, onde a exposição dos bancos correspondia a US$ 187,5 bilhões no final do segundo trimestre deste ano.

Os dados do BIS ilustram o custo a ser pago se a Irlanda ou a Grécia forem forçadas a reestruturar suas dívidas como parte do pacote de resgate. Os dois países pediram ajuda por causa da crise de dívida.

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