(Rio) Os empregados que fazem serviço de limpeza nas agências do Unibanco em Campos (RJ) estão trabalhando sem contrato de trabalho, sem direitos trabalhistas e sem contracheque. A denúncia é do sindicato local, que informa que estes trabalhadores chegaram a ficar um mês sem receber salários em função de problemas com a empresa terceirizada contratada pelo banco.
Em meados do ano, os responsáveis pela firma desapareceram e não deram baixa nas carteiras dos empregados, nem pagaram o salário do mês. O Unibanco não assumiu o pagamento dos salários, como deveria, já que, na posição de contratante dos serviços, é co-responsável pelos trabalhadores. Foi chamada uma nova firma, que recebe pelos serviços, mas não foi assinado nenhum contrato. Os empregados não têm direito a férias, 13º, FGTS, INSS nem outros benefícios, e recebem sem contracheque, através de saques com cartões magnéticos do Bradesco.
Em Nova Friburgo, uma funcionária terceirizada, contratada como recepcionista, trabalhava como telefonista e executava diversas tarefas bancárias, como devolução de cheques e cobrança de saldo devedor. Nos últimos dias, mesmo envolvida com a eleição – foi convocada para trabalhar como mesária – a trabalhadora foi demitida por telefone e instruída pelos gestores a assinar seu aviso de demissão por fax.
As irregularidades passavam também pela imposição de um horário ilegal para o almoço – a funcionária chegava às 9h, mas tinha que sair para almoçar às 10h. Além disso, extrapolava a carga horária da função de telefonista – que era a que, de fato, exercia – sem ganhar horas-extras. O Sindicato local solicita aos dirigentes dos filiados que fiquem atentos a este tipo de prática, para que possam ser realizadas fiscalizações e punições aos bancos que não respeitarem seus empregados.
Fonte: Feeb RJ/ES