Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) protocolam nesta quarta-feira, dia 28, novos documentos na Procuradoria-Geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Brasília, sobre a falta de segurança no transporte de valores. O procedimento é resultado da reunião promovida no último dia 13 pelo procurador-geral do MPT, Otávio Brito Lopes, que, além dos representantes dos trabalhadores, também contou com a participação da Febraban.
Três grandes problemas preocupam as entidades sindicais: o abastecimento dos caixas eletrônicos feito por vigilantes com o manuseio e a contagem do dinheiro no local, a falta de espaço seguro para o estacionamento dos carros-fortes nas agências e o transporte ilegal de numerário ainda feito por muitos bancários pelo Brasil afora.
“As operações de transporte de valores tem causado mortes, feridos e pessoas traumatizadas. Além da recente portaria da Polícia Federal, outras medidas precisam ser tomadas para proteger a vida dos trabalhadores e melhorar as condições de segurança”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
“Queremos que todo o transporte de numerário seja feito por empresa especializada em segurança e em condições seguras. Mesmo que a legislação determine a utilização de carros-fortes, diversos bancos obrigam seus funcionários a transportar valores, muitas vezes de táxi ou com o carro particular, sem qualquer segurança, aumentando o risco de assaltos”, alerta o dirigente sindical.
No próximo dia 9 de novembro, o procurador-geral do MPT realiza nova reunião entre as partes para continuar as negociações.