Conquista da campanha salarial, Carreira de Mérito começa a ser implantada no BB

Uma das principais conquistas da última Campanha Salarial, a Carreira de Mérito será implantada a partir de abril pelo BB, devendo beneficiar, de imediato, até 20 mil funcionários, agregando valor às funções e mais remuneração para os que estão em cargos comissionados nos últimos cinco anos. Com o novo plano, alguns bancários podem receber reajustes de até 15,6%. O anúncio da implantação foi feito na reunião de fevereiro e os parâmetros foram detalhados na negociação do dia 10 de março com a Contraf-CUT.

Mais informações sobre o tema você encontrará no Espelho Nacional de março (capa na imagem) que está sendo enviado aos sindicatos. Se você não receber, cobre do seu sindicato.

“A implantação da Carreira de Mérito é uma conquista que visa valorizar os trabalhadores que constroem a empresa no seu dia-a-dia. Também representa o início da implantação do novo PCCS reivindicado há anos pelos trabalhadores. É um importante avanço dentro do que almejamos e pelo qual lutamos. Temos ainda muito a conquistar”, afirma Eduardo Araújo, coordenador da Comissão de Empresa, que assessora a Contraf-CUT na mesa de negociação permanente com o banco.

Pelo novo PCR, a Carreira Administrativa de E1 até E12 recebeu nova identificação: passou para A1 até A12, continuando com 12 níveis, interstícios de 3% e salários que variam de R$ 1.600,13 a R$ 2.214,84 (lembrando que no demonstrativo de rendimentos aparece o valor inicial de R$ 1.280,10 na verba VP 10 porque a gratificação de 25% é inserida sobre outras verbas salariais ao final). O comissionado E1 que, em setembro, tinha pelo menos dois anos de função, passou a ser enquadrado automaticamente no nível A2. Foi uma exceção para a implantação, pois o tempo mínimo estipulado para promoção de um nível para outro no sistema A é de três anos.

Veja aqui três exemplos de como ficará a remuneração dos bancários:

Situação 1 : Não comissionado com pontuação M inferior a 1.095

Situação 2 : Comissionado com CTVF superior ao adicional por mérito

Situação 3 : Não comissionado com pontuação M igual ou superior a 1.095

O banco prometeu manter um canal de comunicação aberto com a categoria, por meio de e-mail e/ou de telefone, para solucionar as dúvidas que certamente surgirão nesse momento de implantação.

É importante que os bancários chequem se as comissões exercidas desde setembro de 2006 estão devidamente detalhadas. A migração vai ser com base nessa informação. Quem perdeu ou abriu mão de comissão de 2006 para cá também será beneficiado na Carreira de Mérito.

Os funcionários dos bancos incorporados pelo BB também serão incluídos no PCR, mas serão avaliados de forma diferente. O BB vai levar em conta o tempo a partir da migração desse segmento do funcionalismo: a partir de 2008 no caso do BEP e Besc e de final de 2009 para os da Nossa Caixa.

A Contraf-CUT pretende avançar nas negociações para que esses trabalhadores tenham os mesmos direitos dos demais.

Veja como é a Carreira de Mérito

– Conta com 25 níveis M, cada um deles de R$ 70,80 (que com a gratificação de 25% será de R$ 88,62);

– Cada M é obtido após uma determinada pontuação (1.095 pontos), correspondente a um certo tempo de trabalho em função comissionada;

– Cada dia no exercício de um cargo comissionado equivale de 1 ponto,
no mínimo, até 6 pontos, de acordo com a seguinte divisão:

G1 – até R$ 4.056,10, 1 ponto por dia.

G2 – de R$ 4.056,11 a R$ 6.760,17, 1,5 ponto por dia.

G3 – de R$ 6.760,18 até R$ 13.520,33, 3 pontos por dia.

G4 – acima de R$ 13.520,33, 6 pontos por dia.

– Para conseguir cada M, os funcionários acumulam os pontos por três
anos na primeira faixa salarial; dois anos na segunda; três anos na terceira
e seis meses na G4.

– Os cálculos para enquadramento na Carreira M levaram em conta o período de setembro de 2006 a agosto de 2010 da carreira de cada funcionário comissionado.

– Os novos valores acrescidos aos salários correspondentes aos avanços conquistados passaram a valer em setembro de 2010, data-base da Convenção Coletiva.

São as diferenças de valores acumuladas entre setembro de 2010 e 31 de março de 2011 que entram na folha de pagamento de abril, conforme promessa da direção do banco.

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