A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo passou de 9,8% em janeiro para 10,5% no mês passado, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. Apesar da alta, o comportamento é esperado para o período, lembram as entidades – o resultado é próximo ao de igual mês de 2014 (10,6%). O número de desempregados foi estimado em 1,138 milhão, 80 mil a mais no mês e 18 mil a menos em 12 meses.
Conforme os dados da pesquisa, o desemprego subiu de janeiro para fevereiro por dois fatores: crescimento da população economicamente ativa (PEA) e diminuição (menos 38 mil) do número de vagas. Na comparação anual, o cenário foi diferente, com diminuição da PEA (69 mil pessoas a menos), o que compensou parcialmente o fechamento de 51 mil postos de trabalho. O nível anual de ocupação (número de vagas) recuou pelo quarto mês consecutivo.
No mês, apenas o setor de comércio e reparação de veículos abriu vagas (32 mil). A indústria de transformação ficou praticamente estável (menos 6 mil), a construção civil fechou 22 mil postos de trabalho e os serviços, 32 mil. Em 12 meses, os serviços criam 126 mil empregos, a construção elimina 72 mil e o comércio, 87 mil.
O mercado de trabalho da região metropolitana ainda apresenta alta da formalização, mas em níveis menores. O emprego com carteira assinada cresceu 0,2% no mês (9 mil) e 0,8% em 12 meses (40 mil), enquanto a ocupação sem carteira cai 5% (menos 43 mil) e 8,2% (menos 73 mil), respectivamente. Os assalariados com carteira, estimados em 5,372 milhões, representam 55% dos 9,696 milhões de ocupados.
O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.911 em janeiro, último dado disponível) cai 1,9% em relação ao mês anterior e 3,3% em 12 meses. Com isso, mais a queda na ocupação, a massa de rendimentos recua 2,3% e 3,9%, respectivamente.
Outras regiões
A taxa média de desemprego ficou relativamente estável, em fevereiro, nas regiões metropolitanas de Porto Alegre (5,7%), Fortaleza (7,2%) e Salvador (16,4%), com leves altas em Recife (12,1%) e no Distrito Federal (12,3%).