Forte representatividade da Contraf-CUT levou a muitos avanços nestes 10 anos

Vagner Freitas: primeira experiência bem-sucedida de negociação coletiva unificada

“A Contraf-CUT foi essencial em minha carreira sindical. Foi simplesmente a essência de tudo. Foi um momento de aprendizado, de descobertas de potencialidades, de exercício de liderança. A quantidade de conquistas, bastante grande, me preparou para assumir a tarefa de presidir a CUT e tentar fazer na Central uma gestão tão destacada como a que fizemos, eu e toda a diretoria da época, na Contraf-CUT. O primeiro passo foi a decisão da diretoria de encerrar as atividades da CNB e, de maneira ousada e determinada, construir e criar uma nova entidade: a Contraf-CUT. O marco da minha gestão na Contraf-CUT foi a conquista do Acordo Nacional dos Bancários, com a mesa única de negociação tanto para os bancos privados como para os bancos públicos, data-base unificada e convenção coletiva nacional, que caminha para um contrato coletivo nacional, que é a proposta da CUT para a reorganização da estrutura sindical brasileira. A mesa única de negociação em todo o Brasil é a primeira experiência bem-sucedida de negociação coletiva unificada, com data-base única, inclusive no setor privado, entre todas as categorias profissionais da CUT. O modelo é perseguido por todas as categorias da Central. Outro ponto foi o redimensionamento do Comando Nacional dos Bancários, que garantiu representatividade na coordenação da campanha salarial.”

Luiz Claudio Marcolino: Uma representação para todos os trabalhadores do ramo financeiro

“Nós sempre defendemos que era necessário ter uma representação para todos os trabalhadores do ramo financeiro. A criação da Contraf-CUT ocorreu dentro dessa perspectiva. Nós pensamos um meio de ampliar nossa base de representatividade dos trabalhadores e consolidar o acordo coletivo nacional. Um acordo que valha, de fato, para todos os trabalhadores do Brasil. Eu estava na presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo, no momento da criação da Contraf-CUT, e fui escolhido para assumir o cargo de primeiro presidente da Confederação, num mandato transitório. Naquele momento estávamos trabalhando para, não só criar a consolidação do ramo, mas também da categoria bancária. Nós tínhamos acordos separados no BB e na Caixa e bancos privados. Então, concretizamos a necessidade de ter um único acordo coletivo nacional.”

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