A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou na segunda-feira (25) os dados trimestrais das ocorrências criminais registradas. As estatísticas revelam um aumento nos números de roubos a bancos no estado, o que não foi destacado na avaliação do governo tucano.
As informações são referentes ao segundo trimestre de 2011. Em todo o estado de São Paulo foram assaltados 66 bancos, um crescimento de 10% comparado ao primeiro trimestre deste ano, que registrou um total de 60 ocorrências. Desta forma, o primeiro semestre registrou 126 roubos a bancos no estado, superando também o total de 120 roubos verificados no primeiro semestre de 2010.
Esses números também bateram as ocorrências do semestre anterior, continuando a onda crescente de assaltos já observada no quarto trimestre de 2010, quando foram registrados 50 roubos, após uma queda no terceiro trimestre do ano passado para 41 casos.
“Todos esses dados comprovam que bancários e vigilantes estão certos na luta para melhorar a segurança nos bancos e na sociedade”, analisa o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
“Com lucros acima de R$ 12 bilhões no primeiro trimestre deste ano, os bancos possuem fartos recursos para investir muito mais em equipamentos de prevenção de assaltos e sequestros. Além disso, o governo Alckmin precisa melhorar a segurança pública, com mais policiais e viaturas nas ruas, ações de inteligência e medidas para fazer cumprir a lei estadual que obriga a instalação de biombos nos bancos”, destaca.
Estatísticas de Roubos a Bancos |
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2010 | 2011 | |
1º Tri | 66 | 60 |
2º Tri | 54 | 66 |
3º Tri | 41 | |
4º Tri | 50 | |
Fonte: Secretaria de Segurança Pública – São Paulo |
Mais uma vez, não foram divulgados os dados oficiais sobre arrombamentos a bancos no estado, assim como não aparecem números sobre as ocorrências de “saidinha de banco”.
Para Ademir, “a Secretaria de Segurança Pública deveria passar a revelar os números de arrombamentos a agências, postos de atendimento bancário e caixas eletrônicos, assim como os casos de ‘saidinha de banco’, como forma de dar transparência a essas ações criminosas que trazem insegurança para trabalhadores e clientes e contribuir para o debate na sociedade em busca de soluções para reduzir a violência e proteger a vida das pessoas”.