Como forma de pressionar os banqueiros no sentido de apresentarem uma proposta que atenda as reivindicações da categoria, na nova rodada de negociação que acontece às 16h, nesta quinta-feira (15), em São Paulo, bancários do Piauí realizaram nesta manhã um Dia Nacional de Luta em frente ao Banco do Brasil da Rua Álvaro Mendes, centro de Teresina. O movimento contou com o apoio da Central Única dos Trabalhadores do Piauí.
De acordo com Francisco das Chagas, o Chicão, membro do Conselho Fiscal da CUT-PI, “os bancários prestam um serviço de qualidade e todos os anos são obrigados a para suas atividades porque os donos de bancos não procuram atender suas reivindicações básicas, como garantira de emprego e novas contratações, pois só visam o lucro e esquecem os trabalhadores”, frisou o sindicalista.
O diretor João Neto, do SEEBF-PI, em seu discurso, destacou as diversas situações em que o bancário tem sua vida ameaçada, como em caso se assalto, sequestro e terror nas agências, como também os seguranças e vigilantes das unidades. “Muitos companheiros já morreram vítimas de assaltos e são várias questões em jogo, inclusive porque lutamos por uma melhoria no atendimento à população”, relatou.
Ele disse que a categoria bancária já tem uma tradição de greve, mas sempre luta por condições dignas de trabalho, salários dignos, saúde, segurança e mais contratações. “Este ano, estamos ameaçados de privatização e também lutamos contra o PLC 30, de autoria do deputado Sandro Mabel, que regulamenta os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes”, explicou, acrescentando que os bancários também defendem o fim do assédio moral e metas abusivas.
“Queremos o apoio da população para que possamos pressionar os donos de bancos, pois isso também repercute no atendimento mais digno aos clientes”, justificou João Neto, argumentando que a categoria bancária espera uma proposta que possa atender seus anseios e da sociedade. “Somos organizados e temos capacidade de fazer uma greve forte”, ponderou.
Por sua vez, a tesoureira Francisca de Assis Araújo, também do SEEBF-PI, disse que as algumas pessoas que ficam nas agências correspondem, em média, a 40% desse quadro. “Temos certeza e convicção de que as pessoas que estão lá dentro estão dando vazão aos problemas maiores que existem e as situações mais complicadas referentes as aposentadorias, atendimento a idosos e as pessoas com casos de doença e que precisam de algo para ser liberado com urgência, os gerentes, supervisores e assistentes estão resolvendo estes processos”, esclareceu.
Quanto à negociação desta quinta, De Assis falou que não se tem a menor ideia do que os banqueiros vão oferecer hoje à tarde. “Eles querem ressuscitar o abono, sendo um dinheiro curto que passa rápido e não repercute na vida funcional de ninguém, nem no 13º, nem nas férias, nem na aposentadoria, nem no FGTS”, concluiu a sindicalista.