Nesta sexta-feira, a categoria bancária paralisou suas atividades em todo o país, até o meio-dia. Foi a forma encontrada de ampliar as mobilizações da campanha salarial e protestar contra a proposta indecente apresentada pela Fenaban na mesa de negociação da campanha salarial.
Com a paralisação, a categoria participou, também, do Dia do Basta, convocado para esta sexta-feira pelas centrais sindicais, entre elas CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas, que contou com protestos de várias categorias, atos e paralisações, contra os ataques do governo Temer aos direitos da população. O Dia do Basta foi ainda, uma forma de preparar a luta contra a reforma da Previdência que a maioria dos candidatos a presidente anuncia como parte de sua plataforma. Uns de forma mais ostensiva, outros, velada, e um pequeno número se coloca contra.
Golpe contra os trabalhadores
Com o golpe de 2016, que derrubou a presidenta Dilma Roussef (PT), Temer tomou posse da Presidência e juntamente com a maioria do Congresso Nacional, aprovou uma série de medidas contra a população, entre elas o corte de investimentos nas áreas sociais, principalmente através da PEC 95, que congelou o Orçamento da União por 20 anos e de contingenciamentos no mesmo orçamento. Aprovou a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita, aprofundou a política econômica recessiva, de alto desemprego, além de passar a entregar as riquezas naturais brasileiras a grupos transnacionais, ressucitando o programa de privatizações e aumentando o sucateamento do setor público.
Protestos e paralisações no estado do Rio
Para a diretora da CUT do Rio de Janeiro, Duda Quiroga, com o Dia do Basta foi possível dialogar com a população e mostrar que o trabalhador é quem está pagando pelo golpe do impeachment e que é preciso lutar para evitar mais perdas e reivindicar a reversão dos ataques já executados pelo governo Temer. “Com Temer assumindo o poder direitos foram extintos, empresas sucateadas, aumentou o desemprego, a recessão, e o preço de todos os produtos, e do gás, eletricidade e gasolina. Está claro que o golpe veio para prejudicar a população e beneficiar os grandes grupos privados e bancos”, argumentou.
No estado do Rio de Janeiro, desde as 5 horas, aconteceram manifestações nas mais importantes cidades. Diversas categorias fizeram paralisações. Petroleiros promoveram atrasos na troca de turno e ato na Refinaria Duque de Caxias (Reduc). Bancários pararam agências até o meio dia. A paralisação bancaria não aconteceu apenas no Rio, mas em todo o país (como parte também de sua campanha salarial), e setores do serviço público, igualmente paralisam suas atividades parcialmente.
Empregados da Eletrobras protestaram em frente ao prédio da estatal, no Centro da Cidade. Profissionais da Educação das redes estadual e municipal pararam no Rio de Janeiro.
Houve manifestações, entre outros, em Angra dos Reis, às 7h45, no porto de Angra; em Volta Redonda, às 15h na Praça Juarez Antunes; no Calçadão de Campos, às 16 horas; e em Macaé, às 17 horas, na Praça Ver. de Mello. Na capital, a principal manifestação está prevista para as 17 horas, na Praça XV.
Na capital fluminense
Bancários da capital paralisaram as atividades em 28 agências do Centro da Cidade e três prédios administrativos – Banco do Brasil da Senador Dantas e Andaraí, e da Caixa Econômica Federal da Avenida Almirante Barroso até o meio-dia. Na capital, estavam previstas várias mobilizações. A começar por uma vigília com panfletagem de 6 horas ao meio-dia, na Central do Brasil. Em seguida ocorreram atos unificados (de 12 horas às 16 horas) na porta do Edifício Sede da Petrobras (Edise), na Avenida Chile, e no Boulevard da Avenida Rio de Branco, ao lado do prédio da Caixa Econômica Federal da Avenida Almirante Barroso. No Rio, as atividades do Dia do Basta terminam com uma grande manifestação unificada na Praça XV. A concentração está marcada para acontecer a partir das 17 horas.