(Rio) São Pedro colaborou e deu uma trégua na chuva para os bancários de Teresópolis protestarem contra a demissão ilegal de Maria Elenice Rocha Bittencourt, funcionária do Itaú oriunda do Bemge, que tinha trinta anos de empresa. A solidariedade dos clientes foi total e alguns chegaram a abraçar a bancária e oferecer seu apoio neste período difícil. Durante a manifestação, os dirigentes do Sindicato de Teresópolis orientaram os clientes e usuários a ligarem para o Disque-Itaú e registrarem reclamações pelo mau serviço prestado em razão da escassez de funcionários nas unidades do banco.
A demissão de Maria Elenice aconteceu no último dia 28 e está coberta de irregularidades. A trabalhadora goza de estabilidade por dois motivos diferentes: por estar em período pré-aposentadoria e por ter retornado de licença médica há menos de um ano. “Organizamos esta manifestação para mostrar que o Itaú não está acima das leis e precisa respeitar o que assina na mesa de negociação”, justifica Cláudio Mello, presidente do sindicato dos bancários.
O protesto foi no mesmo dia que o banco marcou para homologar a dispensa da funcionária. O sindicato se recusou a assinar a homologação e entregou ao banco um documento no qual justifica sua recusa. A declaração expõe todas as irregularidades da demissão, destacando os pontos da legislação trabalhista e da Convenção Coletiva dos bancários que foram infringidos pelo banco ao dispensar a empregada.
Todos os anos, o Itaú faz uma festa em homenagem aos empregados que completam trinta anos de casa. Maria Elenice deveria ter sido convidada a participar do evento, mas, ao invés de um relógio e dez mil Reais em ações, ganhou de presente a sua demissão. “Isso só confirma que o discurso de responsabilidade social que está em campanha publicitária em horário nobre na TV é só pra inglês ver”, avalia Cláudio Mello.
Fonte: Feeb RJ/ES