Onda de assaltos: três ocorrências em quatro dias assustam bancários em SP

(São Paulo) Os últimos dias têm sido difíceis para os bancários em São Paulo. De sexta-feira, dia 19, para esta terça, 22, quatro assaltos foram registrados na cidade, sendo que em um deles um vigia teve um colete com bombas amarrado ao seu corpo.

Em todos os casos o Sindicato se fez presente através de seus diretores e tomou as devidas providências, exigindo o fechamento da agência, o acompanhamento do estado psicológico dos funcionários e a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).

Dos quatro alvos, dois foram o Bradesco, que insiste em não instalar portas de segurança em suas agências. Outro foi o Real que, no último dia 11, teve ainda em uma de suas agências de auto atendimento um cliente baleado durante um roubo. O Itaú também foi alvo, e uma bancária foi feita de refém.

“A porta de segurança é mais do que uma necessidade. É uma exigência do Sindicato para que tanto os clientes quanto os funcionários possam permanecer seguros dentro dos estabelecimentos bancários. E a porta tem que ser colocada já antes do auto atendimento, já que ele também é alvo constante dos criminosos”, diz a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.

Sexta-feira – Por volta das 11h, uma agência do Itaú no Tatuapé, zona Leste da cidade, foi invadida por dois criminosos que fizeram uma funcionária de refém. Foi a segunda ocorrência desta natureza no local em seis meses.

Segunda-feira –
A semana começou difícil para os funcionários da agência da Domingos de Moares do Bradesco, zona Sul. De acordo com a polícia, por volta da 6h, o vigilante da agência foi rendido com uma arma e obrigado a colocar um colete com um artefato explosivo. A agência foi aberta com os assaltantes dentro, e os trabalhadores foram obrigados a “fingir” que nada estava acontecendo durante o atendimento aos clientes até por volta das 11h.

Terça-feira – Pouco depois das 8h da manhã, três criminosos entraram na agência Cardoso de Almeida do Real ABN, zona Oeste, onde permaneceram por uma hora e meia retirando dinheiro. Pouco depois, aproximadamente ao meio-dia, um trio de criminosos entrou na agência do Bradesco da Osvaldo Cruz, no Centro, pegou a fila e surpreendeu os caixas.

Como proceder em caso de assalto
Um assalto é um caso de acidente de trabalho e a empresa é obrigada a emitir a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), até o dia útil seguinte ao da ocorrência. O documento deve ser emitido a todos os trabalhadores envolvidos e encaminhado ao INSS, não cabendo ao banco dizer se houve ou não redução ou perda da capacidade, já que isso é de responsabilidade do instituto.

Em caso de recusa da empresa, podem emitir a CAT o próprio trabalhador, o médico que o assistiu, qualquer autoridade pública ou o Sindicato. Se futuramente a pessoa vier a desenvolver quadros de doenças causadas pelo assalto (problemas psicológicos, por exemplo) a CAT poderá ser utilizada para comprovar o nexo entre o distúrbio e as condições de trabalho. Os assaltos devem ser comunicados ao Sindicato (3188-5200) para cobrar providências da empresa.

Fonte: André Rossi – Seeb SP

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