Para conter o uso de explosivos em ataques a caixas-eletrônicos, o Exército resolveu endurecer as regras no controle de segurança de empresas que fabricam, vendem ou usam o material, buscando evitar furtos, roubos e desvios. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União.
Só em 2010, mais de uma tonelada de explosivos dos mais variados tipos foi parar nas mãos de criminosos, segundo levantamento da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados, órgão subordinado ao Comando de Logística do Exército. O número é 170% superior ao ano anterior. São esses explosivos, segundo delegados da Polícia Civil, que estão sendo usados em assaltos à agências bancárias em todo o país.
Desde a semana passada, as empresas que manuseiam ou exercem atividades com explosivos devem, obrigatoriamente, apresentar um plano de segurança que terá de descrever, em detalhes, as instalações internas, áreas de operações e estoque, nomes e identificações de agentes envolvidos, além de rotas de transporte e distribuição.
Terão de ser elaborados croquis com a localização das pessoas e cães responsáveis pela vigilância além de uma detalhada planta, que deverá apontar a localização de muros e acessos, alarmes, áreas cobertas ou não por câmeras de monitoramento e todos os meios de comunicação disponíveis para envio de sinal de alarme e de imagens sem fio existentes no local.
O Exército também impôs regras para evitar furtos e roubos de material durante o transporte. Para isso, os militares exigirão informações sobre critérios da escolha do motorista e do ajudante, das condições do veículo que levará a carga (que deverá obrigatoriamente ter um sistema de rastreamento com poder de bloqueio de acesso ao compartimento de carga), além dos procedimentos para acesso de pessoas a áreas onde os explosivos estão armazenados.