O Sindicato dos bancários de Brasília realizou na hora do almoço desta segunda-feira 2, na Praça do Cebolão, no Setor Bancário Sul, um ato para marcar o Dia Internacional de Prevenção às LER/Dort, sigla para Lesões por Esforço Repetitivo e para Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho.
A data, celebrada em 28 de fevereiro, tem um significado especial para a categoria bancária, uma vez que ela lidera o ranking de incidência dessas doenças, seguida por metalúrgicos, digitadores, operadores de linha de montagem, operadores de telemarketing, secretárias e jornalistas.
Segundo dados do último Anuário Estatístico da Previdência Social, de 2007, as LER/Dort representam cerca de 45% do total das doenças relacionadas com o trabalho. Só para se ter uma ideia, segundo os dados, em 2006 eram mais de 9 mil casos. Em 2007, esse número saltou para mais de 22 mil. No caso das doenças que acometem os ombros, o salto foi de 7 mil em 2006 para 18,8 mil em 2007, uma evolução que deve-se à nova metodologia adotada pelo INSS com a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).
“O objetivo do ato é sensibilizar os trabalhadores bancários principalmente para o fator prevenção, bem como para cobrar dos bancos o cumprimento da NR-17, que determina que todo empregado que trabalhe com entrada de dados tem direito a intervalo de 10 minutos contínuos para cada 50 minutos trabalhados”, explicou o secretário de Saúde do Sindicato dos bancários de Brasília, Alexandre Severo.
A manifestação contou com performance temática de atores, caracterizados de trabalhadores lesionados, além de palestra da fisioterapeuta Cibele, que deu dicas e orientou os bancários acerca da importância de uma postura correta e de um local de trabalho adequado para o combate às LER/Dort. Diretores do Sindicato fizeram ainda a entrega de Informativo Bancário especial sobre o tema.
O presidente do Sindicato dos bancários de Brasília, Rodrigo Britto, lembra que a entidade tem trabalhado em diversas frentes na luta por melhores condições de trabalho e que isso tem sido um dos norteadores da sua política na área de saúde. “No Sindicato, o bancário pode contar com o nosso apoio tanto para buscar informações sobre as doenças ocupacionais assim como no suporte ao atendimento das vítimas desses males”, orienta Britto.