Banc rios garantem PCR maior para todos no Ita£

(São Paulo) Depois de um longo e difícil processo de negociação, a Contraf-CUT conseguiu estabelecer um novo valor para a PCR (Participação Complementar nos Resultados) no Itaú. Os funcionários receberão R$ 840 na próxima sexta-feira, dia 9, que, somados aos R$ 360 pagos antecipadamente no dia 15 de agosto passado, totalizam R$ 1.200.

A PCR de 2006 vinha sendo negociada desde o início do ano passado. Na metade do ano, o Itaú estabeleceu unilateralmente as metas que deveriam ser atingidas, o valor a que se chegaria e a data de pagamento. Desde então, a Contraf-CUT vem pressionando e o processo de negociação só foi retomado e terminou vitorioso graças à mobilização dos funcionários e ao engajamento dos sindicatos filiados.

“Foram realizadas diversas panfletagens, manifestações e paralisações, cobrando valores mais justos e metas menos descabidas para a PCR. E o apoio dos funcionários foi fundamental para que uma proposta melhor fosse conquistada”, relata Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT e bancário do Itaú.

A proposta de PCR que o Itaú pretendia implementar previa o pagamento de cerca de R$ 900, caso 100% das metas fossem atingidas. As metas eram compostas por um conjunto de cinco itens, sendo que dois deles, medidos pelo Banco Central, não foram atingidos no ano de 2006. Se a regra original fosse mantida, os funcionários do Itaú receberiam menos de R$ 500 agora em fevereiro.

“A nossa proposta eleva o valor da 2ª parcela de PCR 2006 em mais de 70%, se comparada ao que o Itaú havia proposto originalmente. Em relação à PCR de R$ 850 paga em 2005, a proposta construída de R$ 1.200 representa um aumento de mais de 40% em relação ao valor global da participação”, declara Wanderley Crivellari, diretor do Sindicato de Londrina e coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

O dirigente ressalta que os princípios básicos que regem a PCR também são frutos da luta do movimento sindical cutista, visto que não existem metas individuais, o valor da PCR é pago para todos os funcionários de maneira linear e não é compensável de nenhum Programa de Participação (PR do Programa AGIR, PLR e Adicional de PLR da Convenção Coletiva).

“Dessa forma, os valores da PCR irão se somar aos dois salários de PLR da Convenção Coletiva e à PLR adicional que deverá chegar a R$ 1.500. Mas, se comparado ao que o banco vem lucrando ao longo dos anos, ainda há muito para avançar em termos de remuneração e também em relação às condições de trabalho, saúde e qualidade de vida no Itaú”, avalia Ted Silvino, diretor do Sindicato de Belo Horizonte.

Reunião da COE

A Comissão de Organização dos Empregados do Itaú se reunirá no próximo dia 14, às 10h, na sede da Contraf, para organizar a agenda de mobilização e negociação deste ano. “Temos vários itens na nossa Minuta que pretendemos debater com o Itaú ainda nesse primeiro semestre. Só para citar alguns: Plano de Saúde, Programa AGIR, Saúde, Enquadramento Sindical e, é claro, a PCR de 2007”, comenta Wanderley.