Contraf-CUT denuncia abusos da gestão do BB ao governo e cobra negociação

Bancários foram recebidos na Secretaria-Geral da Presidência da República

A Contraf-CUT, federações e sindicatos foram recebidos, no início da tarde desta quarta-feira (6), em audiência na Secretaria-Geral da Presidência da República, onde denunciaram a política de desvalorização da remuneração baixada de forma unilateral pela direção do Banco do Brasil com a implantação do novo plano de funções comissionadas.

O encontro ocorreu logo após a reunião dos dirigentes sindicais na parte da manhã com o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), no Ministério do Planejamento, e um dia depois da comitiva liderada pela Contraf-CUT ter feito a mesma denúncia na Câmara dos Deputados.

Clique aqui para ler o material entregue ao governo e parlamentares.

O assessor especial do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, José Lopez Feijóo, ouviu os representantes dos bancários, prometeu apurar todas as denúncias e fazer os devidos encaminhamentos.

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, destacou que as entidades sindicais estão promovendo uma campanha pela valorização do funcionalismo do BB. “O banco tem adotado uma série de políticas arbitrárias, sem qualquer negociação com o movimento sindical, como ocorreu na implantação do plano de funções. Queremos abrir um processo de negociações, a fim de apontar os problemas existentes e buscar reverter os entraves”, disse.

“Mostramos ao governo que o novo plano traz prejuízos aos funcionários e aumenta gravemente o risco de aumentar o passivo trabalhista do BB, uma vez que o banco impôs mudanças que lesam direitos dos trabalhadores”, salientou o secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, William Mendes.

Campanha de mobilização

A audiência com Feijóo integrou o calendário da campanha definida no Comando Nacional dos Bancários. Novas reuniões estão sendo agendadas com autoridades e representantes do governo federal, além da continuidade às visitas aos parlamentares.

“Temos que divulgar a postura com que a atual gestão do BB tem agido com os funcionários da empresa. Estamos preocupados com as condições de trabalho dos bancários, mas também com o patrimônio público que é o BB. A maneira como foi implementado o novo plano de funções trará sérios prejuízos ao povo brasileiro com um passivo trabalhista enorme em relação às 7ª e 8ª horas, além da insatisfação do funcionalismo já provocada”, alerta o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.

Além das denúncias sobre a forma abusiva de implantação do plano de funções, os dirigentes sindicais ressaltaram vários outros problemas causados pela atual gestão no BB. A terceirização e demissão imotivada foram apontados como inadmissíveis.

Também participaram do encontro a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, e o diretor da Contraf-CUT, José Ricardo Sasseron.

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