(São Paulo) Terminou de forma positiva para os trabalhadores o primeiro bloco de negociações com o Santander, realizado nesta terça-feira, dia 6. O banco aceitou a renovação d as cláusulas que constam no acordo aditivo do ano passado.
“O primeiro bloco de negociações foi muito bom, todas as nossas reivindicações foram atendidas. Mas ainda temos uma série de questões para serem negociadas e precisamos avançar, principalmente na manutenção do emprego após a aquisição do ABN”, afirma Paulo Stekel, diretor da Contraf-CUT e funcionário do Santander.
Entre as cláusulas que foram renovadas na negociação desta terça-feira está a estabilidade de 120 dias no emprego para os pais que adotarem filhos. Os bancários, entretanto, reivindicam uma melhoria. Atualmente a cláusula garante a estabilidade provisória para a adoção de crianças de até três anos de idade, limitador que os trabalhadores querem eliminar.
Os Comitês de Saúde e de Relações Trabalhistas, importantes conquistas dos anos anteriores, também foram renovados e continuam atuando. No caso do Comitê de Relações Trabalhistas houve um avanço: as reuniões, que eram trimestrais, passam a ser realizadas de dois em dois meses.
Próxima negociação
O segundo bloco de negociações com o Santander está marcado para esta sexta-feira, dia 9. Em pauta, as cláusulas do acordo do ano passado que os bancários reivindicam melhorias, como a estabilidade no emprego nos 36 meses anteriores à aposentadoria (a Convenção Coletiva garante 24 meses).
“Além delas, vamos iniciar as discussões sobre as novas conquistas que queremos incorporar, como o auxílio-educação. Outros bancos, entre eles o próprio ABN, oferecem este benefício e o Santander também tem todas as condições de atender nossa reivindicação”, destaca Stekel.
Outra questão que vai permear todas as rodadas de negociação é a estabilidade de emprego. “Queremos garantia de que não haverá demissões em função da compra do ABN. Queremos que qualquer medida que afete a vida dos bancários seja negociada com os sindicatos”, ressalta o dirigente.
Também integra a pauta de reivindicações dos bancários a correção das distorções e diferenças que hoje existem com o desatualizado Plano de Cargos e Salários (PCS).
O terceiro bloco de negociações está marcado para o dia 14. “Esperamos do banco nas próximas rodadas a mesma disposição de negociar verificada nesta terça-feira. O Santander afirmou que só assina o aditivo se houver acordo global. Vamos pressionar porque temos várias reivindicações que precisam ser atendidas”, finaliza Paulo Stekel.
Fonte: Contraf-CUT