Abaixo-assinados foram entregues ao presidente da Câmara Federal
Dirigentes sindicais dos bancários, metalúrgicos, químicos e petroleiros entregaram na tarde desta quinta-feira, dia 1º, ao presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia (PT-RS), 220 mil assinaturas pela alteração da Lei nº 10.101, buscando isentar os trabalhadores do pagamento do Imposto de Renda (IR) no recebimento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Das adesões aos abaixo-assinados, 158 mil são de bancários de todo Brasil. A coleta continua em todo o país
A entrega contou com a participação dos deputados federais Ricardo Berzoini (PT/SP) Vicentinho (PT/SP), que possuem projetos de lei em tramitação sobre a demanda dos trabalhadores na Câmara, e do líder da bancada do PT, deputado Paulo Teixeira (SP). . O secretário-geral da Contraf-CUT, Marcel Barros, representou a entidade nacional dos bancários.
Os sindicalistas pediram agilidade na tramitação dos projetos de lei de Berzoini e Vicentinho. “A carga tributária no Brasil recai mais sobre quem recebe menos, enquanto as grandes empresas contribuem com muito pouco”, afirma Marcel.
Audiência no Planalto
Após a entrega das assinaturas, os trabalhadores se reuniram com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e com o coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli.
Segundo o Dieese, o fim da incidência do Imposto de Renda no PLR teria um impacto de R$ 1,6 bilhão. “Mostramos aos representantes do governo o efeito positivo que o término dessa tributação traria para a economia do país e para a qualidade de vida dos trabalhadores”, destaca Marcel.
Mombelli ficou de fazer um estudo técnico sobre os efeitos da medida, enquanto Carvalho se comprometeu a levar o tema ao conhecimento da presidenta Dilma Rousseff, logo após o seu retorno da viagem à Venezuela.
Marcha
A agenda em Brasília ocorreu um dia depois da marcha de cerca de 10 mil trabalhadores do ABC que ocuparam na manhã de quarta-feira, dia 30, a Via Anchieta, durante manifestação pelo fim da cobrança de IR na PLR e pela queda dos juros na economia.