Sindicato paralisa agência do Santander em Feira de Santana

O Sindicato dos Bancários de Feira de Santana paralisou as atividades em uma agência do Santander na cidade nesta quinta-feira (20) em protesto contra o grande número de trabalhadores adoecidos na agência.

Nos últimos oito meses, apenas naquela agência, três funcionários se afastaram por conta de problemas psicossomáticos devido ao ritmo acelerado de trabalho, pressão para cumprimento de metas, sobrecarga de trabalho, dentre outros. "É um absurdo um banco do porte do Santander, submeter os trabalhadores, que são responsáveis por 25% do seu lucro mundial, a condições tão perversas e danosas. O número de bancários nesta agência é tão reduzido que, para proceder o atendimento diário, funcionários têm de vir emprestados das outras agências (também com números insuficientes de trabalhadores), o que transforma a vida dos empregados num verdadeiro inferno”, denunciou Sandra Freitas, presidenta do sindicato e funcionária do banco.

Sandra denunciou ainda que as reuniões diárias e áudios conferências recheadas de cobranças e ameaças atormentam, logo na primeira hora, o dia dos funcionários, pois nelas os “gestores” pressionam, ameaçam e até humilham os trabalhadores com palavras grosseiras e, muitas vezes, desrespeitosas.

“Não existem condições de atendimento nessa agência. Funcionários estão entrando em depressão por conta das metas que lhes são impostas de forma abusiva, da maneira com que são cobradas e pela carga fenomenal de trabalho. Os funcionários do Santander, em Feira de Santana, estão pedindo socorro. Essa agência tem produzido adoecimento maior, em um curto espaço de tempo, e por isso a gente resolveu paralisar as atividades aqui, contando com o apoio integral da população que vê, no dia a dia, as precárias condições de atendimento”, afirmou Helmiton Sousa, secretário geral do sindicato e funcionário do banco.

Os dirigentes sindicais afirmam que metas inatingíveis e sobrecarga de trabalho, também são impostas ao quadro funcional do Santander e que o empregado é monitorado em tempo integral, sendo obrigados a utilizar até os seus finais de semana para trabalhar, pois têm que “frequentar” bares, restaurantes etc., para oferecer a máquina GetNet. Todos esses fatores estão deixando os trabalhadores do banco Santander doentes.

“Estaremos vigilantes e cobraremos do banco contratações urgentes e tratamento humanizado para os funcionários. Faremos ‘visitas’ constantes nas agências do banco para acompanhar os desdobramentos para a solução do problema e formularemos denúncias aos órgãos competentes”, finalizou Sandra.

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