Nossa Caixa: Comando aprova estratégia unitária de mobilização

Buscar processo de negociação tendo como base a garantia de direitos e a defesa dos funcionários. Essa foi a estratégia aprovada pelo Comando dos Funcionários da Nossa Caixa, nesta terça-feira (31), durante o Seminário sobre a Incorporação do Banco Nossa Caixa pelo Banco do Brasil.

Iniciado nesta segunda-feira (30), em São Paulo, o evento teve por objetivo debater e aprofundar prioridades para a defesa dos trabalhadores frente ao processo de incorporação atualmente em curso.

Neste sentido, o Comando dos Funcionários da Nossa Caixa buscará negociações com a direção do BB como forma de acompanhar passo-a-passo o processo de incorporação e de intervir na defesa dos interesses dos trabalhadores. “Toda e qualquer decisão do banco incorporador deve ser previamente negociada com o Comando. Portanto, nossa atuação será para evitar decisões isoladas e unilaterais”, afirma Adriana Pizarro Carnelós, diretora da Fetec/CUT-SP, ao explicar que soluções e definições deverão ser sempre no coletivo de forma unitária entre todos os segmentos e representações.

Por outro lado, o Comando aponta para a participação nas mesas temáticas do Banco do Brasil, como forma de aprofundar conhecimento sobre os inúmeros temas que podem influenciar na incorporação. A pauta, neste caso, deverá ser elaborada entre BB e Executiva do Comando.

Conforme os debates, o movimento sindical deverá construir uma ampla mobilização dos funcionários da Nossa Caixa, inclusive com perspectiva de abrir uma frente conjunta com o funcionalismo do Banco do Brasil. A idéia é que daqui para frente os bancários da Nossa Caixa e do BB mantenham-se mobilizados e unidos de forma a agregar forças no enfrentamento com o banco.

Para isso, os sindicatos deverão manter contato constante com as bases, com atualização permanente das informações. Também há a expectativa de desenvolvimento de campanha de valorização dos trabalhadores.

Outra questão que deverá constar dos debates com os bancários diz respeito à defesa dos bancos públicos. “Há muito tempo, o BB deixou de atuar como verdadeiro banco público. Hoje, a instituição tem caráter privado com foco no mercado. Por isso, seus funcionários sofrem com as péssimas condições de trabalho e as metas abusivas. Essa é uma situação que deve ser amplamente denunciada por nós com vistas a promovermos mudanças”, antecipa Raquel Kacelnilkas, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Para embasar a mobilização está prevista a confecção de jornais e realização de plenárias, nas quais as entidades terão oportunidade de verificar os anseios dos funcionários do BNC, além de subsidiá-los sobre as diferenças existentes no PCS (Plano de Cargos e Salários), assistência médica e Previdência.

“Todos sabem que a intenção do banco, com a incorporação, é ganhar mercado no estado de SP. Por isso, acredito que demos um passo determinante em nossa luta, ao encerrarmos esse seminário com a aprovação de estratégia unificada entre as várias entidades de representação na Nossa Caixa”, sintetiza Rodrigo Franco Leite, diretor da Fetec SP.

Nesta quarta-feira, a Executiva do Comando estará reunida para elaborar o 1º jornal do Comando pós-seminário, bem como elaborar pauta que deverá ser encaminhada ao BBV para que se estabeleça calendário e, assim, dar início às negociações o mais breve possível.

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