A Contraf-CUT e os sindicatos assinam com a direção do Banco do Brasil nesta quarta-feira 21, em Brasília, o Acordo Aditivo do funcionalismo, que traz avanços importantes conquistados com a greve nacional da categoria, entre eles o compromisso do banco de discutir com o movimento sindical uma proposta para o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), valorização de 3% no piso e contratação de 10 mil novos funcionários.
Na quinta-feira passada, dia 15, a Contraf-CUT e a Comissão de Empresa assinaram com o BB o Acordo Aditivo de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O crédito do valor referente ao primeiro semestre já foi depositado na própria quinta-feira à noite, com a seguinte composição: 45% do salário paradigma, mais uma verba fixa de R$ 483, mais 4% do lucro líquido do primeiro semestre de 2009 distribuídos linearmente, o que equivale a R$ 1.730,96.
“Os acordos aditivos da PLR e das questões específicas foram mais uma importante conquista do funcionalismo do BB, que se somam ao aumento real de salário arrancada na mesa da Fenaban após duas semanas de uma greve massiva e de amplitude nacional, na qual toda a categoria deu mais uma demonstração de sua força e unidade”, afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa.
O Acordo Aditivo com o BB que será assinado na quarta-feira contém os seguintes avanços:
PCCS – Retomada da negociação para tratar o Plano de Carreira, Cargos e Salários a partir de novembro e com prazo de definição para implantação até junho de 2010. Dentre outros temas serão discutidas as questões relativas à promoção por mérito, jornada de seis horas, sétima e oitava hora etc.
Valorização do piso – a partir de 1º de outubro, o banco reajustará em mais 3% o VP do E 1, corrigindo todo o PCS no mesmo valor.
Assédio moral – implementação do programa de combate ao assédio moral, que prevê o lançamento de uma Cartilha nos próximos 15 dias e a criação de Comitês Regionais de Ética em todos os estados do País, contando com a participação de funcionário escolhido por eleição direta, acompanhada pelo sindicato local.
Isonomia – os abonos assiduidades poderão ser acumulados e/ou vendidos por todos os funcionários, inclusive os pós-98. Além disso, o banco regularizará a situação dos funcionários pós-98 no que diz respeito ao acesso de recurso do Pavas (Programa de Atendimento a Vítimas de Assaltos e Sequestros), que deixa de ser de ressarcimento e passa a ser de antecipação de recurso.
Contratações – O banco contratará mais 10 mil funcionários, sendo 5 mil em 2010 e os outros 5 mil em 2011. Contratará ainda 5 mil adolescentes aprendizes.
Equidade de gênero – Será implementado programa de equidade de gênero para garantir ascensão profissional mais equitativa para as mulheres, conforme princípios definidos pela Secretaria Especial da Mulher do governo federal.
SESMT – Cumprindo o que determina a NR 4, o banco implantará plataformas de SESMT em todas as unidades da federação, sendo que haverá um setor de controle em Brasília.
Lateralidade – O BB retomará a política de substituições nas agências com até sete funcionários, sendo que o substituto será de outra dependência. Além disso, o banco estenderá o fim da lateralidade aos primeiros gestores nas agências com mais de sete funcionários, sendo que neste caso o substituto poderá ser da mesma unidade.
Férias – Funcionários com mais de 50 anos poderão antecipar e parcelar férias, antiga reivindicação dos trabalhadores.
Igualdade – O banco ampliará de 5 para 30 dias a licença-adoção para pais solteiros e homoafetivos.