Lucro do BNB chega a R$ 421 milhões em 2008

Com um lucro líquido de R$ 421 milhões em 2008, o Banco do Nordeste (BNB) registrou 91,6% de crescimento sobre o resultado apresentado 2007, mesmo em meio á crise financeira internacional. O desempenho foi puxado sobretudo por considerável expansão das operações de crédito, que passaram a representar 79,1% dos ativos consolidados do banco, quando no ano anterior essa participação era de 73,4%.

Conforme revela o balanço da instituição relativo a 2008, divulgado hoje, o BNB encerrou o ano com saldo de aplicações de crédito de R$ 28,9 bilhões, destacando-se os setores rural e agroindustrial, com R$ 15,2 bilhões, que correspondem a mais da metade (55%) do saldo de aplicações globais. Os setores de indústria, comércio e serviços detêm 34% dos créditos do BNB, enquanto a infra-estrutura ficou com 11%.

´Isso foi possível porque, no ano passado, enquanto as instituições privadas se retraíram por conta da crise, o BNB incrementou as suas operações de crédito com recursos próprios´, explica João Francisco Freitas Peixoto, superintendente de Controle Financeiro do banco. Segundo ele, entre 2007 e 2008, o saldo desta carteira, entre operações de curto e longo prazo, cresceu quase 45%, saltando de R$ 4,9 bilhões para R$ 7,1 bilhões. Só os empréstimos de curto prazo, conta, apresentaram crescimento de 71% em relação ao ano anterior, destacando-se para esse resultado a contribuição dos produtos de crédito comercial, que somados aumentaram 102,4% no ano passado e totalizaram R$ 2,6 bilhões.

Abrindo as contas, destaca o executivo, operações de curto prazo como o Crédito Direto ao Consumidor, o chamado CDC, e os títulos descontados, juntos, encerraram 2008 com saldo de R$ 1,7 bilhão, aproximadamente 154% acima do contabilizado no ano anterior (R$ 456 milhões). Um outro exemplo, cita Peixoto, foram os empréstimos do programa de microcrédito produtivo Crediamigo, que somaram R$ 1,1 bilhão em novos contratos em 2008.

´O incremento das operações de crédito com recursos próprios, diferente daquelas com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que possuem retorno fixo, possibilitou maiores ganhos na intermediação das transações, ou seja entre as captações e os empréstimos, o que também impactou positivamente o resultado do banco. Em 2007 esses ganhos somaram R$ 451 milhões, subindo para R$ 650 milhões no ano passado´, comemora. Porém, explica, a maior parcela dos financiamentos do BNB utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Em 2008, o banco contratou R$ 7,7 bilhões do FNE, cifra que corresponde ao melhor desempenho anual de toda a história do fundo, desde a sua criação em 1989.

Ainda segundo Peixoto, também ajudou no desempenho do BNB, a aquisição de carteiras de crédito consignado de outros bancos, modalidade não operada pela instituição até 2007 e que encerrou 2008 com saldo de R$ 709 milhões.

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