(Vitória da Conquista) O Sindicato de Vitória da Conquista tem recebido vários telefonemas de bancários do BB, dando conta da pressão para o cumprimento de metas. Os bancários tem relatado que recebem "notas pessoais" (serviços de comunicação interna do BB), ligações para celulares, teleconferências, reuniões, etc., cobrando o cumprimento de metas absurdas. Essas cobranças, na maioria das vezes, vem acompanhadas de pressão características de assédio moral, tipo "caso você não cumpra a meta estabelecida é incompetência".
O quadro de reclamações trabalhistas contra o BB é alarmante em todo o país, tendo recentemente o TST revelado que o Banco é o campeão nacional de reclamações. Com a atual pressão os gestores estão pretendendo bater o próprio recorde da empresa. Eles não estão levando em conta que estas ações de assédio moral são contra eles "pessoas físicas", pois na hora do vamos ver, o banco alega que não mandou fazer assim.
Esta semana, a gerência da agência de Itapetinga foi assumida por preposto da Gerência Regional de Varejo, sem nenhuma justificativa do órgão, levando ao entendimento dos funcionários lá lotados de que foi devido ao não atingimento de metas estabelecidas para empréstimos.
O Sindicato procurou a Gerência Regional de Varejo do BB, em Conquista, para tentar equacionar o problema da pressão. Na oportunidade o Presidente do Sindicato, Delson Coêlho, informou, ao Superintendente, que o Sindicato estava encaminhado os casos relatados à Comissão de Empresas do BB, para serem tratados junto à diretoria do Banco.
Na ocasião, Elói Medeiros, disse que "existe pressão para cumprimento de metas, mas essa pressão é limitada ao ser humano, visando obtenção de resultados favoráveis ao Banco, não se admitindo em nenhuma hipótese o assédio moral". Delson Coêlho, avalia que " as pressões devem estar ocorrendo, basta ver a quantidade de lesionados e afastamentos por problemas psicológico, gástrico e até mesmo cardíaco que ocorre no banco".
Estamos de olho e não vamos permitir que estes fatos se repitam sem nossa reação, isto era típico do tempo de FHC, quando o Banco estava sendo preparado para privatização. Os tempos são outros. Precisamos valorizar o ser humano.
Fonte: Seeb Vitória da Conquista