Os bancários do Itaú Unibanco farão nesta quinta-feira, 25 de março, um Dia Nacional de Luta, realizando atividades de mobilização em todo país e cobrando mais empregos, valorização e melhores condições de trabalho. A fusão tem trazido lucros e mais lucros para os banqueiros, mas os funcionários só têm acumulado frustrações, como o não-pagamento da PLR cheia para todos.
Para intensificar os protestos, a Contraf-CUT está disponibilizando aos sindicatos e federações filiados um jornal eletrônico na seção de Downloads do site da entidade.
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“A fusão entre duas empresas desse porte não pode ser benéfica apenas para os seus acionistas. Deve ser positiva também para funcionários e clientes”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
O banco não cumpriu a promessa de que não haveria cortes de empregos. O estudo da Contraf-CUT, em parceria com o Dieese, mostra exatamente o contrário. Foram 7.176 postos de trabalho fechados entre 2008 e 2009, de acordo com os balanços publicados, o que coloca o banco na contramão da economia brasileira. No mesmo período, o país criou 995.110 novas vagas.
A insistência do banco em não contemplar todos os bancários com o pagamento da PLR cheia integra uma série de problemas não resolvidos neste período pós-fusão, como a não entrega das carteirinhas do convênio médico e a limitação das bolsas de estudos.
Empresas e altos executivos se beneficiaram com o processo entre os bancos. O lucro líquido ajustado do banco subiu de R$ 17 bilhões em 2008 para R$ 35 bilhões em 2009. “Enquanto isso, os funcionários que esperavam valorização, tiveram apenas frustração”, reforça o diretor da Fetec-SP e um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Unibanco, Jair Alves.