A isenção da cobrança de imposto de renda na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos trabalhadores volta a ser debatida nesta quarta-feira (14), em Brasília.
O secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, e a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira, integram uma comissão que representa bancários, metalúrgicos, químicos, eletricitários e petroleiros em reunião com o relator da Medida Provisória (MP) 556, deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), para tratar de uma emenda que determina a isenção.
Miguel afirma que “essa luta é muito importante porque hoje somente quem paga IR na distribuição dos lucros são os trabalhadores”. Para ele, “a emenda, se aprovada, vai melhorar a renda e incentivar o consumo, contribuindo para o crescimento econômico e social. Precisamos acabar com as injustiças e abrir o caminho para uma reforma tributária que favoreça a sociedade e aponte para o desenvolvimento”, ressalta.
Juvandia ressalta que esse é um assunto prioritário para os bancários. “Essa isenção é mais uma medida que vai favorecer o crescimento da economia. Com mais renda, o consumo aumenta e melhora a geração de emprego, beneficiando toda a sociedade” explica a dirigente. “Quando recebem os dividendos, os acionistas são isentos do imposto de renda. E os trabalhadores exigem o mesmo tratamento.”
Além dessa emenda, de autoria dos deputados federais Vicentinho (PT-SP) e Paulo Pereira (PDT-SP), existem dois projetos de lei que buscam a isenção do IR na PLR dos trabalhadores: um deles do próprio Vicentinho e o outro do ex-presidente do Sindicato e deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP).
“Vamos a Brasília defender a emenda que trata da isenção e continuar atuando em outras frentes para garantir esse direito aos trabalhadores”, destaca Juvandia.
Na próxima semana, uma série de ações conjuntas entre bancários, metalúrgicos, químicos, eletricitários e petroleiros vão cobrar a PLR sem IR. “Essa mobilização, a exemplo do ano passado, é fundamental para conquistar o atendimento dessa justa reivindicação dos trabalhadores”, conclui Miguel.