Audiência de mediação no MPT da Bahia
O Sindicato dos Bancários da Bahia vai ingressar com ação judicial contra o Santander por conta da demissão em massa promovida pelo banco. A instituição financeira manteve a postura intransigente e negou o pedido da entidade sindical para suspender os desligamentos.
Durante audiência de medição, realizada no Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta segunda-feira (10), em Salvador, os representantes da empresa informaram que o banco não vai voltar atrás. “Não discutimos reversões”, enfatizou a advogada Meire Chrystian Linhares.
O procurador do Trabalho, Pedro Lino, explicou que o banco não aceitou rediscutir as dispensas, o que gerou o impasse. Para o presidente do Sindicato, Euclides Fagundes, o Santander não foi honesto com os funcionários. Além disso, não há motivos para as demissões, uma vez que a lucratividade é alta no Brasil.
A expectativa para uma resposta positiva do Santander era tão grande que alguns funcionários desligados, que não conseguiram entrar na sala de reunião, aguardavam ansiosos no corredor. “Será que vai demorar? Será que o banco vai suspender as demissões? Só saio daqui quando terminar”, declarou uma das empregadas demitidas.
Mas, para a frustração dos 25 trabalhadores colocados para fora na Bahia, na última semana, não houve avanço. O Santander manteve a intransigência e agora terá de responder judicialmente. Enquanto isso, as paralisações em Salvador continuam sem data para acabar.
Além de Euclides, participaram da audiência o diretor do Sindicato e também funcionário do Santander, Adelmo Andrade, o secretário-geral do Sindicato, Olivan Faustino, o advogado da entidade, Miguel Cerqueira e o diretor da Federação dos Bancários de Bahia e Sergipe, Erivaldo Salves.
O banco enviou o representante Douglas Alexandre Azi Prehl e os advogados Reinaldo Saback, Vitor Guilherme Silva e Meire Cristian Linhares. Mais uma vez, a superintendente regional Rosangela Toloni não compareceu.