A Contraf-CUT enviou nesta sexta-feira, 14, correspondência à Fenaban solicitando o agendamento de uma reunião específica para debater medidas preventivas para o combate à Influenza A (H1N1).
Na carta, assinada pelo presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, os bancários reconhecem a importância das medidas de prevenção, especialmente para “alguns grupos de pessoas comprovadamente mais susceptíveis à contaminação e às complicações decorrentes dela por apresentarem baixa imunidade, como é o caso das gestantes”. Além disso, criticam o clima alarmista implantado pela cobertura da mídia a respeito do novo vírus, que gerou insegurança entre os trabalhadores.
Para a confederação, o problema atinge a sociedade civil de forma indiscriminada. “Acreditamos que seja de interesse de todos os setores contribuir com as autoridades no sentido de se impedir que o problema fuja do controle como temos visto em alguns países, em especial na América Latina”, afirma o documento.
Recomendações
Nesta quinta-feira, a Febraban divulgou uma série de orientações e medidas a serem adotadas pelos bancos para prevenção da Gripe Influenza A H1N1. Entre as ações recomendadas, que levam em consideração as diretrizes e recomendações do Ministério da Saúde e dos órgãos públicos especializados, está o afastamento das bancárias gestantes.
O primeiro banco a anunciar a aplicação prática das medidas foi o Itaú Unibanco, em nota divulgada nesta sexta. A empresa recomenda às gestantes que procurem seus médicos para que avaliem a necessidade ou não de afastamento do trabalho. Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Plínio Pavão, a medida é positiva e deve ser adotada pelos demais bancos.
Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da confederação, concorda com a importância da medida, mas chama a atenção para a necessidade de que não haja perdas para as trabalhadoras. “Os dias de afastamento não podem ser descontados da licença-maternidade e não pode haver perdas salariais ou de direitos, como ticket refeição”, afirma. “É importante que o banco crie condições para que as bancárias possam garantir sua saúde sem insegurança”, acrescenta.