Em Pernambuco, delegados sindicais dos bancos públicos tomam posse durante evento de formação política

Os delegados e delagadas sindicais dos bancos públicos tomaram posse e participaram do seminário de formação promovido pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco, no último dia 3 de maio. A conjuntura política nacional e a atuação dos delegados na defesa dos direitos dos trabalhadores foram temas de debates.

O evento contou com a participação massiva dos eleitos para o mandato de 1º de abril de 2016 a 31 de março de 2017. Durante o seminário foi estabelecido um calendário de encontros para este ano.

Na ocasião, o presidente da Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), o ex-deputado federal, Paulo Rubem Santiago e o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, ministraram as palestras “Crise, ajuste fiscal e os direitos dos trabalhadores” e “Campanha Nacional dos Bancários”, respectivamente. O vice-presidente da CUT-PE, Paulo Rocha, também representou a entidade no seminário.

Ao abordar a difusão seletiva de informações pela grande mídia brasileira, com o objetivo de conseguir apoio da sociedade, Santiago ressalta a retomada da agenda político-econômica interrompida em 2002, com eleição de Lula. “Depois do golpe político, virão os econômicos que representarão mais perdas de direitos para os trabalhadores. Trata-se da retomada da luta pela riqueza, no Brasil”, avaliou o presidente da Fundaj.

Para o presidente da Contraf-CUT, mesmo em cenários difíceis, é possível conseguir avanços de direitos. “Sem luta, não há conquistas. E nossa categoria sempre esteve e está mobilizada contra o retrocesso e em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores”, reforçou Roberto.

Para o delegado sindical do Banco do Brasil, Luiz Vilar, que está iniciando seu primeiro mandato, o seminário de formação fortalece a luta. “Essas análises de conjuntura são importantes para tomarmos consciência da necessidade de integração dos bancários e de toda a classe trabalhadora”, analisou.

Na oportunidade, a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, destacou que um dos principais desafios do movimento sindical é manter a sua organização nos locais de trabalho. “Os delegados são essenciais nesta luta, ainda mais num cenário político tão difícil. Nossos direitos estão sendo gravemente ameaçados, e o fantasma da privatização dos bancos públicos voltou a nos assombrar”, afirmou.

Já o secretário de Bancos Públicos do Sindicato, Renato Brito, sublinhou a importância da formação continuada e da atuação política dos representantes de base. “Conhecimento é uma ferramenta essencial nas disputas políticas. Precisamos fortalecer os bancos públicos, pois eles são fundamentais na indução do desenvolvimento da economia nacional e na implementação de políticas sociais – como crédito para agricultura familiar e programas habitacionais – que beneficiam tantos trabalhadores”, afirmou.

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