Diretor da Contraf-CUT protesta contra correspondente dentro de agência
Os trabalhadores do HSBC em São Paulo reagiram fazendo protestos contra o projeto piloto Papafila implantado unilateralmente pelo banco inglês, que traz precarização e exploração da mão de obra. A primeira manifestação de uma série aconteceu nesta quinta-feira, dia 5, em frente à agência Maria Marcolina, na região do Brás.
O projeto resume-se a um correspondente bancário dentro da agência. O banco instalou equipamentos num balcão logo após a porta giratória. Quando o cliente entra para realizar o serviço, um menor aprendiz aborda-o e faz o atendimento de forma precária.
“Conversando com um desses menores constatamos que eles recebem menos que um salário mínimo. Isso é exploração da mão de obra. Nossa reivindicação é para que o banco acabe com esse absurdo. Vamos intensificar os protestos”, afirma a funcionária do HSBC e diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiuza.
Correspondente
A utilização de correspondentes para precarizar as condições de trabalho é duramente criticada pelo Sindicato e pela Contraf-CUT. O Conselho Monetário Nacional (CMN) determinou que a partir do dia 2 de abril será proibido o funcionamento dos correspondentes dentro das agências.
“É vergonhoso que o HSBC instale um correspodente dentro de agências faltando menos de três meses para entrar em vigor esssa nova regra”, protesta o funcionário do banco e diretor da Contraf-CUT, Sérgio Siqueira. “Está na hora de contratar mais funcionários para acabar com a sobrecarga de trabalho e qualificar o atendimento aos clientes”, aponta o dirigente sindical.