5.329 bancários, entre os 9.081 do Ceará, o que representa 58,68%, cruzaram os braços na terça-feira, dia 27, no primeiro dia de greve da categoria, numa mostra de disposição de luta dos bancários cearenses. Das 447 agências bancárias, 200 pararam no percentual de 44,74%. O Sindicato orienta os bancários a fortalecerem a mobilização e exigirem a retomada das negociações com Governo e os banqueiros.
A luta dos bancários é para que os bancos ofereçam uma proposta decente, que avance na questão do emprego, segurança, saúde, igualdade de oportunidades e também em remuneração, com aumento real acima de inflação maior do que está posto, valorização do piso da categoria, e também melhor distribuição dos lucros e resultados.
No primeiro dia de greve, a adesão do bancário, como ao longo dos anos, foi efetiva. Cruzaram os braços os bancários do Itaú, HSBC, Santander, Safra, Bradesco, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil numa demonstração de disposição de luta, com adesão tanto na Capital como no Interior.
Segundo o presidente do Sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, “isso já estabelece uma boa greve. Esse início de paralisação significa um início de greve mais mobiliado, mais participativo do que em outros anos”.
Atos conjuntos com outras categorias
Foram realizados atos conjuntos de vários sindicatos de trabalhadores se solidarizando com o Sindicato dos Bancários do Ceará e a categoria. Primeiro ato aconteceu no Fórum Trabalhista Autran Nunes, em defesa da cidadania, do direito constitucional de greve, para se defender de ataques do Sistema Financeiro Nacional, do bancos e do Governo.
Segundo ato, por proposição dos Sindicatos e da coordenação das Centrais Sindicais, a partir da CUT realizaram uma caminhada até o Edifício Sede da Caixa, na Rua Sena Madureira, para uma atividade conjunta com os bancários, onde a paralisação foi destaque em relação aos outros anos.
Além de grande adesão de bancários, mais de 250 terceirizados também ficaram fora do ambiente da Caixa e isso fortaleceu a unidade. Chegou-se a ter mais de 400 pessoas, entre bancários, apoiadores, sindicalistas e as Centrais Sindicais CUT, CTB, Força Sindical e Conlutas.
Unidades de apoio à greve
O Sindicato inovou com a instalação de três unidades de apoio à greve: na Caixa da Praça do Ferreira; no Banco do Brasil da Aldeota; e no BNB Passaré. Numa iniciativa diferente, agregou valor na medida que foram pontos de atendimento, de esclarecimento à população, de reforço e apoio aos grevistas.
Na atividade do Edifício Sede da Caixa houve deslocamento da Unidade de Apoio da Praça do Ferreira, para dar suporte aos bancários em greve, haja vista que houve tentativa dos administradores de Caixa de inibir o movimento. Com a paralisação forte, o superintendente da Caixa foi autorizado por Brasília a negociar um contingente, que ficou acertado até a próxima sexta-feira, dia 30.