(São Paulo) Termina nesta terça-feira, dia 20, o prazo para os bancários avaliarem a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) feita pelo Banco do Brasil na semana passada. A maioria dos sindicatos vai realizar assembléias neste último dia.
A orientação da Contraf-CUT é pela rejeição da proposta do BB, que pune os funcionários substitutos que participaram da greve no ano passado, durante a campanha salarial, com perdas no seu benefício.
“Esta punição aos substitutos que participaram da greve vai na contramão dos ideais que o movimento sindical bancário cutista sempre defendeu. A greve é um instrumento legal previsto na Constituição Brasileira e esta retaliação tenta cercear o direito, além de intimidar o bancário a participar das greves. A Contraf-CUT não aceita isto e as assembléias devem rejeitar esta proposta” afirmou William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT e membro da Comissão de Empresa.
Depois de quatro rodadas de negociações, o Banco do Brasil não aceitou pagar a PLR integralmente para os bancários substitutos que participaram da greve. Segundo Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, é uma provocação do banco, que só visa punir. “Isto é uma retaliação e a Contraf-CUT não admite que esses funcionários sejam discriminados e não recebam a PLR pela comissão exercida. Trata-se de uma ‘vingança’ do BB, já que o impacto financeiro com o pagamento integral da PLR para os substitutos grevistas é irrisório”, explicou Marcel.
A PLR
Apesar da retaliação aos funcionários substitutos grevistas, a Contraf-CUT conseguiu garantir uma importante vitória para os bancários do BB, com a manutenção do modelo de PLR pago nos semestres anteriores.
A proposta prevê R$ 1.423,36 de módulo linear, composto de R$ 412 de parcela fixa e mais R$ 1.011,36 referentes à distribuição de 4% do lucro líquido.
O módulo variável seria de 45% do Vencimento Padrão do E6 para o escriturário; E6 mais comissão de caixa para os caixas; e do VR para os comissionados (ou VR mais DM quando for o caso).
Fonte: Contraf-CUT
