(Porto Velho) O Sindicato dos Bancários de Rondônia realizou na manhã de ontem, na agência do Banco do Brasil da Avenida D. Pedro II, no centro da capital, um protesto para denunciar a utilização de funcionários terceirizados que estão na porta do banco, onde clientes e usuários são questionados sobre quais atendimentos serão feitos na agência, antes de ser permitido o acesso.
"Não vamos admitir este tipo de tratamento, uma vez que o cliente não é obrigado a dar satisfação sobre qual atendimento irá solicitar junto ao banco", disse presidente do Sindicato, Cleiton Silva.
Uma outra reivindicação do SEEB é a favor dos idosos e pessoas com dificuldades de locomoção, que são obrigados a subirem 30 degraus na agência do BB, já que o banco não disponibiliza de elevadores e os atendimentos são feitos no segundo piso do prédio. "Trata-se de uma falta de respeito da agência com os usuários que necessitam de uma atenção especial", destacou o presidente da CUT, Itamar Ferreira, que também participou da manifestação e informou que a Central solicitará o apoio dos sindicatos dos servidores públicos do Estado, à campanha do SEEB.
O protesto também serviu para denunciar o Plano de Reestruturação do BB – denominado pelos sindicalistas de "Pacotão de Maldades" – que, segundo o presidente do SEEB, visa clientes de alta renda e desvaloriza, assim, usuários menos favorecidos financeiramente. Além disso, as medidas reduzem o número de funcionários nas agências, causa transferências compulsórias e piora a qualidade do atendimento e as condições de trabalho. Recentemente o Sindicato realizou paralisações nas principais agências do banco para denunciar a situação. É importante destacar que o pacote vai extinguir 4.284 caixas, substituídos por um novo cargo denominado "assistente de negócio", criado para atender os correntistas com maior poder aquisitivo.
A mudança de foco, para clientes com maior condição financeira, coloca em questionamento o papel social do banco na sociedade. Os números já comprovam essa guinada. Em 2006, por exemplo, o segmento de crédito consignado, que pratica taxas de juros muito altas, cresceu 118%. Já o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que gera emprego e produção de alimentos mais baratos e fixa o agricultor no campo, aumentou somente 17%. Outro ponto destacado na pauta da audiência foi o Plano de Aposentadoria Antecipada (PAA), que vai substituir funcionários antigos por outros mais novos e com salários mais baixos.
Fonte: Seeb RO