Os bancários também rejeitaram as propostas do BB, da Caixa e do BRB
A resposta das bancárias e bancários de Brasília à vergonhosa contraproposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na última rodada de negociação, veio em alto e bom tom. Por absoluta maioria, os trabalhadores rejeitaram, em assembleia que lotou a Praça do Cebolão (SBS) na noite desta quarta-feira (30), o irrisório índice de 5,5% e o abono de R$ 2.500 e decidiram deflagrar greve por tempo indeterminado a partir da 0h da próxima terça (6).
Nova assembleia será realizada na segunda-feira (5), às 19h, também no SBS, para ratificar a decisão desta quarta (30) e/ou apreciar uma possível contraproposta da Fenaban.
“É uma resposta à altura do tratamento dispensado pelos banqueiros à categoria”, resume o presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo.
As negociações tiveram início na primeira quinzena de agosto, quando a pauta foi entregue, mas de lá para cá os bancários ouviram uma cantilena de uma nota só, uma sucessão de negativas dos patrões. Nada de concreto foi apresentado em relação às reivindicações sobre garantia de emprego, mais saúde e melhores condições de trabalho e mais segurança. Pelo contrário: mais de um mês depois de iniciada a Campanha, o que os representantes dos bancos ofereceram representa uma perda de 4% não somente nos salários, mas também em relação às contribuições previdenciárias, aos vales e ao piso da categoria – sem contar que foram desenterrar dos anos 90, período do governo FHC, a famigerada política do abono.
“Retrocesso é a palavra que define a estratégia dos bancos de ressuscitar o abono, uma medida que foi e sempre será prejudicial aos trabalhadores e que vamos combater veementemente”, avisa Eduardo Araújo.
Sindicato cobra do BB e da Caixa propostas específicas. BRB oferece 0%
Os bancários também rejeitaram as propostas (ou falta delas) do BB e da Caixa, que também sequer sinalizaram retomar as negociações, apesar da forte pressão da representação dos trabalhadores e mesmo após a Fenaban fazer sua proposta. Por sua vez, o BRB propôs reajuste zero.