Comissão de Trabalho da ALERJ discute Convenções 151 e 158 da OIT

Foi realizada na manhã de ontem (18) uma Audiência Pública na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro para discutir as questões trabalhistas decorrentes da assinatura das convenções 151 e 158 da Organização Internacional do Trabalho.

As convenções já foram assinadas pelo Presidente Lula e seguiram para aprovação no Congresso Nacional. A oposição faz o jogo do empresariado, alegando que, com a 158, os patrões vão lançar mão com maior freqüência da demissão por justa causa, que suprime direitos do trabalhador.

Perguntado a respeito, o deputado Paulo Ramos (PDT), presidente da Comissão de Trabalho e Emprego da Alerj e promotor da Audiência, destaca que a campanha do movimento sindical pela assinatura da convenção também considera a necessidade de criação de dispositivos que coíbam os abusos por parte dos empregadores. “As precauções devem ser incorporadas para controlar a aplicação da justa causa pelos patrões. Isto já acontece hoje, já que a Justiça Trabalhista cuida destes casos. Mas é preciso que seja criado um instrumento de mediação para impedir as arbitrariedades e resolver as questões mais rapidamente. Este é um dos objetivos desta audiência pública, buscar as sugestões da sociedade para o problema”, destacou o deputado.

Pelo fato de terem sido discutidas duas convenções da OIT que tratam de temas muito diferentes, a audiência não teve resultados concretos. A experiência mostrou que é preciso tratar de cada assunto separadamente, o que vai acontecer em duas novas Audiências Públicas que serão marcadas para breve.

Estiveram presentes à Audiência Pública o Sindicato e a Federação Nacional dos Metroviários, o Sindicato da Construção Civil Pesada do Rio de Janeiro e também o de Duque de Caxias, Sindicato dos Médicos, dos Músicos, dos Ferroviários, dos funcionários do Iuperj, a Federação dos Professores de Escolas Particulares – Feteerj, a Associação Fluminense dos Advogados Trabalhistas e a Associação dos Pilotos da Varig. O Ministério Público se fez representar pelo procurador João Carlos Teixeira e a DRT, pelo auditor Carlos Eduardo Nunes.

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