O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região (Seeb/SP) promove na segunda-feira dia 14, das 14h30 às 16h30, o seminário Políticas de Crédito, Juros e Spread Bancário no Brasil. O evento acontece na sede da entidade, que fica na Rua São Bento, 413, Centro.
A idéia é discutir as políticas de juros no Brasil e apontar caminhos para facilitar o acesso ao crédito no País. Apesar das diversas medidas adotadas para que o spread caia, como a revisão da lei de falências, a flexibilização do recolhimento do compulsório e a redução da taxa Selic, ele continua elevado. As inscrições podem ser feitas pelo 3188-5284 até sexta-feira, dia 11.
“Nós bancários sempre lutamos pela queda dos juros, pois sabemos a importância disso para o desenvolvimento do país”, afirma a diretora do Sindicato Ana Tércia Sanches, destacando o apoio da entidade à aprovação do projeto de lei nº 5.258/09, do deputado federal Ricardo Berzoini (PT-SP), que propõe instituir o Sistema de Metas para a Margem Bancária para incentivar a concorrência entre os bancos na determinação do spread. Outra luta histórica dos movimentos sociais envolve a democratização do Conselho Monetário Nacional, que deve contar com representantes dos trabalhadores.
“Está cada vez mais difícil para os banqueiros explicarem porque o spread brasileiro é tão absurdamente mais alto que no resto do mundo”, afirma Ana Tércia, lembrando dados recentes do Fundo Monetário Internacional, que mostram que a inadimplência do brasileiro, sempre usada como desculpa para os juros altos, é equivalente à média mundial. O mesmo estudo mostra que o spread brasileiro é o maior do mundo (e três vezes mais alto que o da segunda colocada, a Argentina). “A desculpa da inadimplência eles não têm mais”, dispara a dirigente sindical.
