Bancários de Mato Grosso cobram proposta dos bancos

Os bancários de Mato Grosso foram para as portas das agências manifestar a insatisfação com a falta de avanços nas rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria cobrou dos banqueiros a apresentação de uma proposta decente no dia 25 de setembro, quando terá nova rodada de negociação.

Para o presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB/MT), José Guerra, que faz parte do Comando Nacional de Negociações, o objetivo do Dia Nacional de Luta é mobilizar a categoria e alertar a população para uma possível greve diante da falta de avanço nas negociações.

“Essa é a hora de mostrar nossa indignação, nossa força e organização e para pressionar a Fenaban apresentar na próxima rodada de negociação que irá acontecer no dia 25 de setembro uma proposta global que atenda as nossas reivindicações. Até o momento, não houve avanço e o discurso de crise não serve para o setor financeiro que continua batendo recordes de lucratividade”, afirmou o presidente do Ssindicato.

Aqui em Mato Grosso, o Sindicato fechou a agência do Banco Itaú, localizada na Avenida 15 de novembro, em defesa do Emprego e para cobrar uma Participação Complementar nos Resultados (PCR), condizente com os altos lucros que o Itaú vem obtendo.

De acordo com o secretário de políticas sociais do Sindicato e representante dos bancários de Mato Grosso na Comissão dos Empregados do Itaú (Coe/Itaú/Fetec/Cn), Natércio Brito, o protesto contra o Itaú visa cobrar o fim das demissões, mais contratações, fim da exploração, fim do assédio moral, mais saúde e condições de trabalho.

“Os bancários estão preocupados com o impacto sobre o emprego com a criação das agências digitais. Um processo que tem significado demissões e redução salarial. Com a criação das agências digitais as contas migram para ela, o que tem levado ao fechamento de agências e dificultando o cumprimento das metas e colocando o emprego em risco”, explicou Brito.

O Itaú, maior banco privado brasileiro, anunciou no dia 04 de setembro que teve lucro líquido de R$ 5,984 bilhões no segundo trimestre. No primeiro semestre de 2015, o banco acumulou um lucro de R$ 11,717 bilhões. E, pretende em dez anos cortar pela metade o número de agências que tem hoje. Nos próximos três anos, o corte já atingirá 15%. Isso significaria a redução de 30 mil empregos.

Brito também denunciou o adoecimento da categoria e a insatisfação dos clientes com a precarização do atendimento e cobrou mais responsabilidade social do Itaú. “É inadmissível que mesmo com esses lucros exorbitantes, o Itaú continue com tantas demissões, aumentando cada vez mais as metas. Uma atitude que tem precarizado as condições de trabalho e atendimento e levado a categoria ao adoecimento”, criticou o diretor do Sindicato e representante da Fetec-CUT/CN na COE do Itaú, cobrando responsabilidade social do banco com os seus funcionários e clientes.

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