O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, com o apoio da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), promove, nesta quarta-feira (7), o seminário “Em Defesa das Empresas Públicas”. O encontro acontece durante todo o dia, a partir das 9h, no San Marco Hotel, em Brasília, e reunirá especialistas, técnicos, parlamentares e representantes de entidades sindicais e associativas de todo o Brasil para expor um amplo painel dos riscos a que estão submetidas essas empresas na atual conjuntura; reforçar sua importância para a sociedade brasileira e estabelecer estratégias conjuntas de defesa desse patrimônio. A expectativa é de que cerca de 200 pessoas compareçam ao encontro.
Participam das palestras, entre outros, o representante do Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, Paulo Vannuchi; o diretor-técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, e a coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Fundação Perseu Abramo, Vilma Bokany. A abertura será feita pela coordenadora do comitê, Maria Rita Serrano, e pelo presidente da Fenae, Jair Ferreira. O seminário prossegue até 17h30, quando será apresentada carta-aberta elaborada pelas entidades presentes. “No prazo de um mês o seminário recebeu mais de uma centena de inscritos de entidades presentes em todo o Brasil. Isso demonstra o grande interesse pela temática e fortalece nossa busca por unidade na defesa das empresas públicas brasileiras”, destaca a coordenadora do comitê, Maria Rita Serrano.
Comitê
O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas é uma instância organizativa nascida em janeiro de 2016 como consequência da mobilização contra o Projeto de Lei do Senado 555, que estabelecia o Estatuto das Estatais (ou Lei de Responsabilidade das Estatais). Tem a participação das centrais sindicais CUT, UGT, Nova Central, Intersindical, Conlutas e CTB, e o apoio de entidades como a Fenae, Contraf e FUP, representando centenas de categorias de trabalhadores em todo o Brasil. Em junho passado lançou no Rio de Janeiro a campanha “Se é público, é para todos”, de alcance nacional, para denunciar os riscos das privatizações, tanto para trabalhadores de empresas atingidas quanto para a sociedade brasileira.