Trabalhadores exigem corre‡Æo do I.R.

(São Paulo) Bancários, metalúrgicos e diversas categorias estarão, no dia 6, em Brasília, na terceira marcha para cobrar o governo. A tabela do Imposto de Renda foi corrigida em mais de 18% nos dois últimos anos (10% em 2004, e 8%, em 2005), devido à pressão dos trabalhadores que têm se mobilizado, fazendo passeatas e marchas. Agora, os trabalhadores vão voltar a Brasília para cobrar o compromisso assumido pelo governo Lula de zerar a defasagem em relação à inflação dos quatro últimos anos na tabela. A pressão desta vez será por uma correção de 7,77%, e pelo reajuste do salário mínimo, para R$ 420.

A partir do dia 6, os trabalhadores estarão na capital federal para cobrar o compromisso, com a terceira marcha até o Congresso. “Mostramos que a mobilização é fundamental para conseguirmos aquilo que buscamos. Uma prova disso é a campanha iniciada por nós e pelos metalúrgicos, depois incorporada pela CUT e por outras centrais”, lembra o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Início
A iniciativa partiu do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi incorporada pela CUT em abril de 2004. E surtiu efeito. No final daquele ano, uma marcha de três dias culminou com uma proposta negociada com ministros de reajustar de R$ 260 para R$ 300 o salário mínimo e de corrigir a tabela em 10%. Já em 2005, a pressão foi encorpada por cerca de 15 mil pessoas, que também marcharam. Desta vez, o salário mínimo passou para R$ 350 e a tabela teve nova correção: 8%.

Luiz Cláudio Marcolino considera um avanço a correção dos últimos anos, mas lembra que durante os oitos anos de Fernando Henrique Cardoso houve um congelamento injustificável, quando a tabela do IR só foi corrigida uma vez: 17,5%, em 2002, contra um IPCA de 45,8%. De 1996 até dezembro de 2002 a defasagem chegava a 39,5% do governo FHC.

Atualmente, quem ganha até R$ 1.257,12 por mês está isento de pagar qualquer alíquota de I.R. Quem ganha acima deste valor, entre R$ 1.257,13 e R$ 2.512,08, paga alíquota de 15% referente ao salário. E, acima de R$ 2.512,08, a alíquota é de 27,5%.

“Corrigir a tabela significa mais dinheiro no bolso do brasileiro, ainda mais para a nossa categoria, já que grande parte é afetada pela mordida do leão”, diz Marcolino.

Fonte: SEEB SP

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