As metas mais que abusivas e prejudiciais à saúde estão deixando os bancários do Itaú revoltados e estressados. O programa AGIR, que os bancários classificaram como “Ação Geradora de Indivíduos Retardados”, mais penaliza do que premia o coletivo das agências, e está cada vez mais afetando a rotina dos trabalhadores, provocando uma onda de adoecimentos.
Alguns funcionários já chegaram ao ponto de atentar contra a própria vida. Outros tiveram problemas graves, tais como acidente vascular cerebral, ataques cardíacos e síndromes do pânico. Há ainda os que estão usando remédio tarja preta para suportar os efeitos da pressão pelo cumprimento de metas.
E o comportamento da gestora de pessoas Joiva Paes vem chamando a atenção. Isso porque ela ameaça de demissão os bancários que não atingem as metas, além de se utilizar da coação e do medo, o que caracteriza prática de assédio moral.
“São palavras duras, que deixam os trabalhadores indignados, desmotivados e se sentindo diminuídos, pois são coagidos e achincalhados de todas as formas. Um comportamento assim não é papel de uma gestora que deseja ter uma boa equipe para vender os produtos do banco”, diz o diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Roberto Alves.
“O Sindicato está de olho para averiguar este desrespeito e assédio por parte desta senhora. Inclusive lembrando a ela que o assédio constitui um tipo de crime. É hora de o banco rever as metas, e negociar com os sindicatos este programa que está deixando seus trabalhadores em má situação”, destaca o dirigente sindical.